Jesus & Mary Chain - o palco pune
Fui em direção ao Memorial da América Latina para o show do Jesus & Mary Chain com a firme convicção de, na volta, sentar no computador e escrever um texto que desmontasse, linha por linha, o post escrito pelo meu companheiro de Combate Rock, Marcelo Moreira.
A oportunidade parecia perfeita – um show em que uma banda desfila seu repertório de melodias pop perfeitas, sentadas em muita microfonia e distorção das guitarras. Nem o tempo frio, nem a chuva, nem o jogo do Corinthians me impediriam disto. Então, não me dei muito bem.
O primeiro motivo foi a equalização do som: faltavam as guitarras, faltava o barulho, faltavam os microfones de apoio – nem a moça que subiu ao palco para fazer os backing vocals de Just Like Honey conseguiu se fazer ouvir.
O segundo motivo, imperdoável, foi a banda – li em alguma entrevista recente de Jim Reid onde ele dizia que a banda não se reunia há anos e, que mesmo sem muitos ensaios, não haveria problema em fazer uma boa apresentação em São Paulo. Errou e errou muito. Por três vezes, a banda PAROU de tocar, para iniciar novamente, fruto do desentrosamento e da falta de prática, mesmo. A primeira vez, foi em "Sidewalking", a última foi (pasmem), na anteriormente citada "Just Like Honey".
Ainda assim, o show foi divertido, mesmo percebendo que existia uma irritação visível no palco (e alguns pedidos de desculpas, ou pelo som, ou pelas falhas da banda). Mas, no fim, ficou ecoando a frase de Muricy Ramalho: "O palco pune".
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