Pílulas antirracistas para melhorar o nosso dia
Marcelo Moreira
– A potência dos atos antirracistas nos Estados Unidos, na sequência de dois assassinatos de negros indefesos por policiais, levou a uma bem-vinda onde de conscientização a respeito de símbolos racistas na música. A bandeira dos Estados Confederados, escravagistas e que lutaram (e foram derrotados) pelos Estados do norte na Guerra Civil norte-americana (1861-1865), está sendo banida de diversos ambientes. Bandas estão mudando de nome, como Lady Antebellum (agora Lady A; o antigo nome tinha conotações racistas e supremacistas), assim como Dixie Chicks, agora somente The Chicks. As duas são bandas country. Curioso mesmo é a decisão do cantor David Lee Roth, do Van Halen. Ainda não se sabe se é piada ou não, mas ele se manifestou nas redes sociais dizendo que agora se chamará Dave L. Roth ou "El Roth", banindo o Lee. A postagem não teve uma explicação, mas fãs supõe que ele não quer associação com o nome do general Robert Lee, um dos líderes militares dos confederados. Se for assim, como seria então na Coréia do Sul, onde metade da população tem Lee no nome?
– Embora tedioso e sem dinâmica, a conversa entre o médico Drauzio Varela e o cantor Mano Brown, dos Racionais MC's, no YouTube, se transformou em um belo libelo contra o racismo e o preconceito social e econômico no Brasil. Era para ser um bate papo sobre cultura, mas acabou virando uma entrevista em que o músico contou muito de sua vida e dos problemas que enfrentou no extremo sul da capital paulista, driblando a pobreza e a violência para se tornar referência do rap na América do Sul. Varela, com sua conversa mansa e suave, conduziu bem a entrevista. Em tempos de luta antirracista, a palavra de Mano Brown tem de ser ouvida.
– O premiado quadrinista brasileiro Marcelo D'Salete falou sobre racismo de forma contundente em entrevista publicada no site 6 Minutos e linkada com o Hábito de Quadrinhos. "Falar sobre racismo e história de negros no Brasil não é simples nem fácil", diz D'Salete. "Somos resultado de uma história de violências e apagamentos", disse o artista ao jornalista Pedro Cirne. São palavras fortes e que ecoam a vergonha do racismo estrutural que predomina no Brasil. Clique aqui para ler a entrevista.
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