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As grandes vozes do rock - é possível escolher o melhor? - parte 3

Combate Rock

16/06/2020 06h47

Marcelo Moreira

Ian Gillan (FOTO: IAN GILLAN OFFICIAL SITE/FACEBOOK)

Ian Gillan – Chamado de "Silver Voice" (voz de prata) por causa de seu timbre cristalino e sua capacidade de atingir notas altíssimas, talvez seja o cantor com o maior espectro de possibilidades dentro do rock. É incapaz de cantar mal e valoriza cada canção de qualquer estilo. Também é reconhecido como um estupendo intérprete, capaz de performances memoráveis em áreas distintas, como musicais. Foi elogiadíssimo por sua participação em uma montagem da ópera-rock "Jesus Christ Superstar". Muito do o Deep Purple se transformou se deve a ele.

Glenn Hughes (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Glenn Hughes – "A voz do rock" tem uma das mais impressionantes carreiras musicais e rivaliza na competência e nas qualidades com Ian Gillan, com a "vantagem" de ainda tocar baixo muito bem. Se ele tinha o sonho de ser Stevie Wonder, como disse certa vez o tecladista Jon Lord, a fase passou e ele se tornou um artista completo e um cantor fascinante. Também é do time que faz qualquer canção ficar boa. Seja no Trapeze, no Deep Purple, no Black Sabbath, no Black Country Communion ou em projetos solo, Hughes demonstrou extrema capacidade de variar nos timbres e de passear por diversos estilos.

David Coverdale (FOTO: DIVULGAÇÃO/FACEBOOK)

David Coverdale – A cara e a voz do blues pesado setentista, tem potência e aspereza necessária para o hard rock honesto, reto e direto. Teve o duro desafio de fazer duetos com Glenn Hughes no Deep Purple e de ter de encarar a voz principal na maioria dos momentos. Com o Whitesnake, consolidou a sua fama de grande intérprete e líder de banda. Virou referência.

Dan McCafferty – O escocês era o diferencial do Nazareth, a banda de hard rock que apostava em uma sonoridade um pouco mais garageira e que torcia e distorcia o blues bem antes do Whitesnake. A voz rouca e rasgada dava mais dramaticidade às interpretações, sempre encharcadas de blues e muito groove. Também era bem versátil e abusava de algumas firulas à la Eric Burdon.

David Byron – Um bruto com voz suave e delicada, era o cara que dava o molho especial para as músicas etéreas e marcantes do Uriah Heep. Ia do agressivo ao calmo em segundos e demonstrava imensa capacidade de conduzir plateias apenas com a respiração durante as canções. Sua saída da banda, em 1976, foi ruim para todo mundo.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
Contato: contato@combaterock.com.br

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