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O melhor conteúdo do festival de Montreux, de graça, por 30 dias

Combate Rock

03/04/2020 12h00

Marcelo Moreira

Deep Purple em uma de suas passagens por Montreux (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Uma cidadezinha suíça que virou sinônimo de música. A pacata e, às vezes, fervilhante Montreux conseguiu notoriedade mundial graças ao seu festival internacional de jazz que, à semelhança do Rock in Rio, expandiu artisticamente para o blues, rock, soul, funk, world music e muito mais.

Nestes tempos de pandemia de covid 19-coronavírus, a empresa que administra o evento, fundado em 1967 pelo visionário Claude Nobs, decidiu liberar em uma plataforma de streaming, de graça, 56 shows para atenuar o isolamento social que acomete boa parte do mundo.

No catálogo liberado estão apresentações de Nina Simone, Quincy Jones e Etta James, dentro do mais puro jazz, enquanto que a soul music tem clássicos como Marvin Gaye, James Brown e Isaac Hayes; do rock, há shows do Deep Purple, provavelmente o artista que mais se apresentou no evento, Jethro Tull e um imperdível de Patti Smith, além de Santana e Johnny Cash.

O acesso à plataforma é gratuito por 30 dias. Basta fazer o cadastro clicando aqui. É preciso usar o código "FREEMJF1M". A partir do cadastro, os dias para ver os shows começam a ser contados.

Quase tudo já está disponível, totalmente ou em partes, no YouTube e em outras plataformas de vídeos de que tal coo, mas é maravilhoso que tal conteúdo esteja disponível, ainda que por tempo limitado.

Especificamente no rock, que mais nos interessa, há uma impagável apresentação do ZZ Top em 2013 desfilando os seus maiores sucessos. Outra que vale a pena é a de Lou Reed, em 1990, mais roqueiro, ou seja, mais pesado, do que de costume.

Outro bom show é o de Paul Rodgers em 1994, que teve como convidados especiais os guitarristas Brian May (Queen), Steve Lukather (Toto) e Luther Allison. E quem diria que a lista tem Alice Cooper, que cantou por lá em 2005.

O rock progressivo comparece com duas apresentações de peso. Emerson, Lake and Palmer tocou lá em 1997, em sua última turnê, que passou pelo Brasil, tocando com uma perfeição irritante; já o Yes comparece em apresentação impecável registrada em 2003, em uma das últimas vezes em que a formação clássica tocou junta – Jon Anderson (vocais), Steve Howe (guitarra), Rick Wakeman (teclados), Chris Squire (baixo) e Alan White (bateria).

No blues, os destaques são três: Albert Collins, em show de 1992, o furioso guitarrista que influenciou gerações de guitarristas ao lado dos três reis ("kings") – Albert King, Freddie King e B.B. King; e dois geniais guitarristas irlandeses – Gary Moore, quando do início de sua guinada roqueira, em 1990, e Rory Gallagher, registrado em 1977.

Para quem gosta de folk, a recomendação é o excelente grupo irlandês The Chieftains, que tem quase 60 anos de existência e que fez apresentação magistral em 1997; e uma participação especial de Brian May acompanhado da cantora inglesa Kerry Ellis, um show bem diferente do guitarrista do Queen.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
Contato: contato@combaterock.com.br

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