Bob Marley, 75 anos: a grande voz da esperança
Marcelo Moreira
Um grito de liberdade. Assim a música de Bob Marley é tratada em qualquer coletivo que cultue o reggae e o rastafarianismo no Brasil.
Artista colossal, da mesma estatura de gigantes como John Lennon, Bob Dylan e Mick Jagger, transformou suas músicas em hinos que extrapolaram a sua pequena Jamaica e inspiraram gerações de jovens a lutar, reivindicar e a protestar.
Se estivesse vivo, Marley estaria fazendo 75 anos de idade. Praticamente exilado em Nova York ´por conta de problemas políticos em seu país, morreu de câncer, em 1981, aos 36 anos.
Foi o porta-voz de uma geração, mas também era um exímio músico e compositor. Usina sonora da banda The Wailers, mostrou ao público jamaicano um som mais melódico e mais denso ao fundir o ska tradicional e os vários dubs de sua terra.
A banda decolou nos anos 60 e chamou a atenção dos ingleses para o fenômeno jamaicano – o número de imigrantes em Londres crescia vertiginosamente. Coube a Chris Blackwell, da gravadora Island, dar uma grande força para popularizar o reggae na Europa.
Com suporte artístico e financeiro, Bob Marley expandiu os limites e voou solo já no começo dos anos 70 e ganhou a admiração das principais estrelas pop da Inglaterra e dos Estados Unidos. Os hinos se sucederam, assim como a sua filosofia de vida e os princípios do rastafarianismo se disseminaram.
Da mesma forma que os grandes nomes da música, Marley exerceu uma influência que é impossível de medir. Raul Seixas foi um adepto e reverenciador de sua música. Até o improvável Rush, trio canadense de rock progressivo, ousou prestar tributo em um trecho da música "Spirit of the Radio", clássico máximo do rock.
O cantor fez o mundo descobrir o reggae e redescobrir uma nação culturalmente rica e desprezada até os anos 60 do século passado. Mais do que isso, foi um símbolo da paz mundial e uma voz potente contra a violência social e racial no mundo – e, por isso, um agente político perigoso em várias partes do mundo onde a desigualdade econômica e a pobreza é fonte de poder.
Figura política importante e músico excepcional, Bob Marey representou, para muita gente, a voz da espetrança, como ficou marcado na estupenda canção "Redemption Song".
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