Comentários aleatórios sobre o Rock in Rio - parte 1
Marcelo Moreira
– O primeiro dia, a sexta-feira 27 de setembro, merece passar totalmente em branco, já que nem para aquecimento serviu. Rock mesmo vimos no sábado 28, apesar de um público morno e que parecia estar mais em um shopping center. As redes sociais bombaram com o imenso ressentimento de tiozrock, ões que estavam de mal com o mundo por causa da limonada sem gelo e sem açúcar diante da TV. Foi um dia interessante e com rock, finalmente.
– Os brasileiros foram bem e ganharam vários aplausos inesperados, como o Ego Kill Talent, que surpreendeu muita gente, apesar de ter um bom caminho já percorrido e tocado em diversos festivais. Seu som pesado e insinuante agradou.
– Detonautas e Pavilhão 9, juntos no palco, também movimentaram a galera, com outra surpresa: o sempre críico Tico Santa Cruz, vocal do Detonautas, amenizou os xingamentos contra Jair Bolsonaro falando de amor e priorizando a música.
– CPM 22 e Raimundos mandaram muito bem em músicas rápidas e energéticas, adicionando algum peso em hits do passado, que levantaram o público. Apenas os Titãs fizeram um show protocolar, sem grandes novidades e sem muita emoção, memso com a boa cantora Ana Cañas.
– Nota alta para Mano Brown, em show solo, recebendo Bootsy Collins e mandando um verdadeiro funk/rhythm & blues. Um dos grandes momentos do festival até agora.
– Entre as atrações internacionais, o Foo Fighters mostrou garra e competência de sempre, fechando a noite no palco Mundo. Dave Grohl é um baita mestre de cerimônias e conduziu bem a festa, embora o show da banda tenha sido apenas mediano. Muitos reclamaram do excesso de conversa e das brincadeiras de troca de instrumentos, como na versão de "Under Pressure", do Queen, com o baterista Taylor Hawkins assumindo os vocais. Coisa de gente mal humorada. Os principais hits estiveram lá em uma apresentação meio largda e bagaceira, mas divertida.
– Weezer mostrou que é uma boa banda indie velha para tocar em um local menor e fechado. No show paulista, dias antes, foram bem e mostraram energia e "punch". No Rock in Rio, pareceram deslocados e sme peso nas guitarras, para não falar na postura de palco modorrenta e na falta de empatia com o público por conta dos inúmeros "covers" (versões de músicas de outros artistas) despejados ao longo da aresentação. Não convenceu.
– O Whitesnake comemorou os 45 anos de palco do vovalista Davod Coverdale com a qualidade de sempre. Banda veterana, dominou completamente o palco Sunset e fez muita gente vibrar com seu classic hard rock encharcado de hits e blues. Assim como nos shows de São Paulo e Belo Horizonte, Coverdale começou arrasando e mostrando maestria ao conduzir um show energético. Entretanto, aos 68 anos de idade, a voz não dura muito em canções fortes e intensas, em tons altos. Ela foi sumindo de forma irreversível até que qur todos torceram para que o mestre chegarsse ao finnal de "Still in the Night" e "Burn" (eterno hit do Deep Purple). Um esforço louvável e comovente, o que transforma o vocalista quase em um herói. Mesmo com os problemas na voz do líder, o show foi bom. Aplausos para o peso que o baterista Tommy Aldridge, os 69 anos, imprime em seu som.
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