In-Edit 2019 destaca Elvis, Joan Jett, rock inglês, Arnaldo Antunes e Deck
Marcelo Moreira
Música para ver e ouvir, de novo em São Paulo. O In-Edit (Festival Internacional de Documentários Musicais) retorna à capital paulista com uma programação diversificada e trazendo algumas das fitas mais interesssantes produzidas e lançadas nos últimos dois anos.
Na parte internacional, os destaques ficam para Elvis Presley, Miles Davis, Joan Jett, o rock dos anos 60 e New Order; na parte nacional, tem Arnaldo Antunes, Bixiga 70 e os 20 anos da gravadora Deck. CLIQUE AQUI PARA VER A PROGRAMAÃO COMPLETA.
Comecemos com Elvis Presley, que é retrado em "The King", de Eugene Jarecki. A ideia é conduzir celebridades e jornalistas qu conviveram com o astro no Rolls Royce que foi dele por Memphis e por outras cidades. Há ótimas histórias e também análise sobre o impacto de Elvis na cultura norte-americana.
"My Generation" é uma fita corpoduzida pelo ator inglês Michael Caine, que também faz a narração principal, sob a direção de David Batty. É um bom panorama do rock inglês dos 60, responsável por uma imensa transformação cultural no Ocidente, e conta com entrevistas com astros como Paul McCartney, ex-baixista dos Beatles, e Roger Daltrey, vocalista da banda The Who, entre outro.
Miles Davis, o genial trompetista que morreu em 1988, é o personagem principal do documentário "Miles Davis: Birth of Cool", de Stanley Nelson. Apesar de curto, o filme traça uma história bem detalhada do jazzista e sua influência sobre músicos de todos os gêneros e calibres.
"Bad Reputation – A Documentary About Joan Jett", de Kevin Kerslake também é quase uma cinebiografia, contando a história da cantora e guitarrista norte-americana desde os tempos da banda Runaways, nos anos 70, até a carreira solo de sucesso nas décadas seguintes. Também mostra a atuação dela como militante feminista e produra de bandas de rock, como Bikini Kill.
"New Order: Decades", de Mike Christie, conta parte da trajetória da banda de Manchester desde o começo da new wave, nos anos 80, mas centra esforços em um projeto diferente: quase 40 anos depois da estreia do Joy Division na TV Granada, em Manchester, o New Order volta a estes míticos estúdios para um projeto especial.
"Decades" mostra o processo de criação do show "So It Goes" – uma série de cinco concertos produzidos originalmente para o Festival Internacional de Manchester em uma parceria entre a banda, o maestro Joe Duddell e o artista visual Liam Gillick que foram executados estrategicamente lugares diferenciados.
Entre os destaques roqueiros nacionais está um filme que conta os 20 anos de uma gravadora importante no cenário brasileiro, apesar de ser de pequeno porte.
"Tudo Pela Música – Os 20 anos da Deck", de Daniel Ferro, é um relato bem bacana de como funcionou um empreendimento de porte e que revelou artistas como Los Hermanos, Falamansa e o começo da Cachorro Grande, além de ser a casa por algum tempo de Ultraje a Rigor e Ira!.
Um documentário que promete atrair bom público é um que retrata a a Nação Zumbi, que faz uma sessão exclusiva para o festival com a exibição do documentário inédito "Rádio S.Amb.A.Doc", dirigido por André Almeida, seguida de show da banda.
"Antes Que Me Esqueçam, meu nome é Edy Star", de Fernando Moraes, traz a história de um improvável artista que aspirava ser um ídolo nacional, mas que se tornou um uma figura importante do underground do rock nacional.
"Com a Palavra, Arnaldo Antunes", de Marcelo Machado, segue um formato mais tradicional de entrevista com o cantor paulistano. A exibição do filme será seguida de bate-papo com o diretor e e o cantor.
No programa Mostra Brasil, as estreias de "Guitar Days – Un Unlikely Story of Brazilian Music", de Caio Augusto Braga, "Segue o Baile – Bixiga 70", de Rubens Crispim Jr., um panorama rico sobre a banda instrumental paulista.
Serviço:
IN-EDIT BRASIL – 11º Festival Internacional do Documentário Musical
12 a 23 de junho em São Paulo.
PROGRAMAÇÃO PRINCIPAL (Sessões de Cinema)
Salas: CineSesc, Spcine Olido, Spcine Lima Barreto (CCSP), Cine Matilha (Matilha Cultural) e Cinemateca Brasileira (Sala BNDES e Sala Patrobras).
Ingresso: gratuito em todas as sessões, exceto: CineSesc (R$ 12 inteira, R$ 6 meia, R$ 3,50 comerciário).
Online: Spcine Play (serviço de streaming com acesso gratuito).
ATIVIDADES PARALELAS (Shows, Debate, Palestra, Feira de Vinil, DJs, Festa)
Espaços: Sala Olido, Sala Adoniran Barbosa (CCSP), Matilha Cultural, Cinemateca Brasileira, CineSesc, Cine Joia, Z Largo da Batata e Blue Note SP.
Ingresso: gratuito em todas as atividades, exceto: Cine Joia (a partir de R$ 40), Z Largo da Batata (a partir de R$ 10) e Blue Note SP (R$ 40 inteira, R$ 20 meia).
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