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Black Sabbath acaba oficialmente, para alívio de todos

Combate Rock

11/03/2017 12h30

Marcelo Moreira

Black Sabbath em 2016 FOTO: DIVULGAÇÃO30

O comunicado foi sucinto e breve, embora um pouco melancólico: o Black Sabbath acabou mesmo. A nota oficial divulgada nesta semana já era esperada, por mais que todos os fãs esperassem, no último minuto, uma mudança de planos dos três integrantes – quem sabe mais alguns shows para encerrar com chave de ouro e com Bill Ward de volta à bateria?

Não se sabe até que ponto o fim definitivo era algo que todo mundo queria, de verdade. Se a questão era o fato de que todos s]ao quase septuagenários e que estavam com problemas de saúde, caso de Tony Iommi e Ozzy Osbourne, eis que o guitarrista logo avisou, dois dias antes da divulgação do comunicado oficial, que já tinha procurado o cantor Tony Martin para iniciar um novo projeto.

Os dois Tonys se reaproximaram recentemente, após quase 20 anos de falta de diálogo. Tony Martin entrou no Black Sabbath em 1987 e permaneceu na banda até 1995 – depois de Ozzy, foi o vocalista que mais tempo ficou na banda.

O problema é que Tony Iommi se afastou de Martin quando ficou definida a volta da formação original do Black Sabbath, em 1996. Não foram poucas as vezes em que o cantor reclamou publicamente do então fim da amizade e de sua "demissão sumária", sem direito nem a um "muito obrigado".

Seja como for, Iommi está ansioso por engatar um novo projeto, e que a saúde debilitada não é, ao menos neste momento, um empecilho para continuar trabalhando.

Quanto a Ozzy, ao menos mais um álbum solo e uma turnê estão programados para o fim  e 2017 e começo de 2018, provavelmente tendo o guitarrista grego Gus G em sua banda. Já Geezer Butler anunciou que pretende tirar um ano "sabático"…

Seja como for, a dignidade foi mantida e parece que o Black Sabbath finalmente é passado após 49 anos de criação em Birmingham, na região industrial da Inglaterra.

Os shows finais, em Birmingham, no mês passado, se tornaram mais do que uma celebração de quase 50 anos de heavy metal: foi o encerramento de uma era na música popular, já o Sabbath praticamente criou o metal. Não é todo dia que presenciamos o adeus de precursores de um gênero artístico.

E esqueça essa história de candidatos a herdeiros do cetro real. Não há e não haverá, assim como não haverá "herdeiros" para Metallica, Iron Maiden, Kiss, Van Halen e U2. Melhor assim…

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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