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Glenn Hughes descumpriu o acordo com Plant e cantou música do Led Zeppelin

Combate Rock

15/09/2016 07h00

Marcelo Moreira

Glenn Hughes (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Glenn Hughes (FOTO: DIVULGAÇÃO)

O estupendo baixista e vocalista Glenn Hughes, em turnê pelo Brasil, toca neste final de semana em São Paulo. Ex-integrante do Deep Purple e do Black Sabbath, está articulando para 2017 o retorno do não menos estupendo Black Country Communion, banda que manteve com o guitarrista norte-americano Joe Bonamassa até 2013.

Nesta semana, eu escrevi sobre o cantor inglês e mencionei o "acordo" que ele fez com o conterrâneo Robert Plant (ex-Led Zeppelin – os dois são da região de Birmingham, na Inglaterra e torcem de forma fanática pelo mesmo time de futebol, o Wolverhampton Wanderers, da segunda divisão.

O acordo, em tom zombeteiro, mas meio que levado a sério, era o seguinte: Hughes jamais cantaria uma música do Led Zeppelin, e Plant jamais cantaria uma música do Deep Purple da fase de Hughes (mark III e IV).

Aparentemente, o acordo foi firmado nos anos 80, em um encontro social regado a muita cerveja, e aparentemente foi cumprido pelos dois.

Mais eis que então um atento leitor do Combate Rock, o ótimo cantor e multi-instrumentista Fabiano Negri (Dusty Old Fingers, carreira solo, ex-Rei Lagarto), rapidamente alertou este jornalista que o mestre Glenn Hughes quebrou a promessa, e quem o "denunciou" foi o YouTube.

No dia 28 de março do ano passado, Hughes, que é amigo de todo mundo (bem ao estilo de Ron Wood nos anos 70), foi rever alguns amigos em bar em Los Angeles, na Califórnia, onde mora. E os amigos eram gente como Scott Ian (guitarra, Anthrax), Joey Vera (baixo, Armored Saint e outras bandas) e Joey Tempesta (bateria, The Cult, Exodus, Testament, White Zombie).

A insistência foi grande e músico inglês não resistiu: subiu a palco e mandou ver uma versão fantástica de "Since I've Been Loving You", bluesaço clássico do Led Zeppelin.

Ainda bem que, com a competência de sempre, o acordo foi quebrado de forma maravilhosa, e certamente encheu de orgulho o amigo e conterrâneo Robert Plant. Pena que este, agora dedicado à country music – consciente de suas atuais limitações vocais -, não poderá nos brindar com uma interpretação marcante de algum hit do Deep Purple. Mas quem sabe?

P.S.: Mais uma vez obrigado ao atento Fabiano Negri, que desde 2015 lançou dois ótimos álbuns: "Maybe we'll have a good time…for the last time" e "Z.3.R.O."

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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