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Mudanças empurram o King Bird para a busca de novas sonoridades

Combate Rock

30/04/2016 06h49

da equipe Combate Rock

King Bird (FOTO: PATI PATAH/DIVULGAÇÃO)

King Bird (FOTO: PATI PATAH/DIVULGAÇÃO)

Mudanças geram apreensão e expectativa, especialmente quando uma banda altera o posto de vocalista. No entanto, o que ocorreu no início de 2014 com o King Bird após a saída de João Luiz (atual Casa das Máquinas) e a entrada de Ton Cremon foi uma alteração não somente na posição do frontman, mas na musicalidade do grupo paulistano.

Com espírito renovado, Ton Cremon (vocal e guitarra), Silvio Lopes (guitarra), Fábio Cesar (baixo) e Marcelo Ladwig (bateria) agora se preparam para lançar seu quarto trabalho de estúdio, intitulado "Got Newz", que contou com produção a cargo de Henrique Baboom.

É bom lembrar que a banda chamou bastante a atenção anos atrás com uma música fantástica em homenagem a Ronni James Dio, morto em 2010. "Beyond the Rainbow " é intensa, pesada e com uma letra bastante inspirada. Mesmo com a boa repercussão da canção e do seu clipe, o King Bird  teve de se reinvetar e remodelar.

"Com novo vocalista, a ideia é mostrar que a banda se renovou novamente. Novo vocalista e aquela mesma sonoridade setentista com uma roupagem do século 21", analisa Silvio Lopes. "Pensamentos até em intitular o disco como 'ReBird', mas achamos que o pessoal do Angra ia ficar chateado por causa do 'Rebirth"', brinca o guitarrista.

Ao mesmo tempo em que mantém sua personalidade e os pés fincados na expressão musical dos anos 1970, o novo álbum, que chegará em breve ao mercado, pretende dar um passo à frente e explora outras tendências do hard rock.

Assim, ainda que evidencie suas influências de Grand Funk Railroad, Deep Purple, Lynyrd Skynyrd, Led Zeppelin, Black Sabbath, Rainbow, Foghat e Free, consegue criar também um elo com o hard rock dos anos 80 e 90.

Ao mesmo tempo em que Silvio Lopes segue apresentando riffs na escola Blackmore e Iommi, há slide guitar e um tempero típico do hard de bandas como Whitesnake, Blue Murder e Gotthard.  A arte de capa ficou a cargo de Emerson Russo, que já havia trabalhado com a banda na segunda prensagem de "Jaywalker" (2005), de "Sunshine" (2008) e "Beyond the Rainbow" (EP, 2012).

"Apesar de novos elementos, ainda somos os velhos rockeiros bebedores de cerveja de sempre e então quisemos trazer esse clima para quem for ouvir esse novo trabalho", diz o baixista Fábio Cesar.

"A ideia também foi brincar com a imagem de um jornal contendo elementos no cenário que falem sobre as coisas que nos cercam", acrescenta o baterista Marcelo Ladwig. O álbum tem lançamento previsto ainda para o primeiro semestre deste ano.

 

 

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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