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David Gilmour em São Paulo, uma grande celebração

Combate Rock

15/12/2015 07h00

do site Roque Reverso

Fotos: Divulgação Mercury Concerts/Camila Cara

David Gilmour finalmente estreou em palcos brasileiros nos dias 11 e 12 de dezembro. Nas duas apresentações realizadas no Allianz Parque, o eterno guitarrista e vocalista do Pink Floyd realizou o sonho de milhares de sortudos que estiveram presentes na nova arena do Palmeiras, na capital paulista.

Entre os shows de 2015 no Brasil, os de Gilmour talvez tenham sido o que mais mexeram com a ansiedade do público. Toda vez que um grande músico ou lendária banda vem ao País pela primeira vez esse comportamento é natural.

Ansiedade parecida foi vista, por exemplo, em 2013 com a vinda do trio clássico do Black Sabbath: com Ozzy Osbourne, Tony Iommi e Geezer Butler. Naquela ocasião, instalou-se um verdadeiro culto ao heavy metal no Campo de Marte e ninguém jamais esquecerá aquele momento.

Em 2015, pode não ter sido constatado o fanatismo incomparável dos fãs do heavy metal, mas os relatos dos fãs presentes aos shows de Gilmour também são de que as pessoas podem ter visto os maiores shows de suas vidas. Guitarrista de qualidade excepcional, ele conseguiu, com um set list bem caprichado, saciar a vontade de quem já imaginava que nunca iria vê-lo ao vivo.

Na primeira noite, cerca de 40 mil felizardos estiveram presentes no Allianz Parque. Na segunda, cerca de 50 mil sortudos também terão histórias para contar para filhos e netos.

Entre os relatos diversos, o sentimento é o melhor possível. Pouquíssimos foram os fãs que não ficaram empolgados. Uma ou outra música do Pink Floyd de fora não foram suficientes para gerar insatisfação.

Não bastasse a óbvia distribuição de clássicos da lendária banda britânica, a passagem de Gilmour pelo Brasil serviu para a divulgação de seu mais recente álbum. "Rattle That Lock" é o primeiro disco solo do mestre da guitarra desde o álbum "On An Island", de 2006, e foi elogiado pela qualidade superior ao trabalho anterior.

As apresentações de Gilmour tiveram duração de cerca de 3 horas, divididas em duas partes: uma de 70 minutos e outra de 80 minutos, com um intervalo entre elas de 20 minutos para descanso.

O equipamento que Gilmour trouxe ao Brasil ocupou 10 contêineres, sendo que oito deles são dedicados exclusivamente ao material de iluminação e efeitos cênicos. Na moderníssima arena do Palmeiras, esses efeitos ficaram ainda mais impressionantes, conforme os diversos vídeos que não param de ser enviados ao YouTube.

David Gilmour em SP - Foto: Divulgação Mercury Concerts/Camila CaraDavid Gilmour em SP - Foto: Divulgação Mercury Concerts/Camila CaraDavid Gilmour em SP - Foto: Divulgação Mercury Concerts/MRossiDavid Gilmour em SP - Foto: Divulgação Mercury Concerts/Camila CaraDavid Gilmour em SP - Foto: Divulgação Mercury Concerts/MRossiDavid Gilmour em SP - Foto: Divulgação Mercury Concerts/MRossiDavid Gilmour em SP - Foto: Divulgação Mercury Concerts/MRossiDavid Gilmour em SP - Foto: Divulgação Mercury Concerts/MRossi

Entre os fãs houve, porém, espaço para reclamações ligadas à organização dos shows. Algumas delas estão ligadas a obstáculos visuais, como as torres de som espalhadas pela pista e à tenda que abrigou o house mix. Tal reclamação foi vista nos shows de Paul McCartney no mesmo Allianz Parque no fim de 2014.

Outra reclamação imperdoável foi a de furtos de celulares e carteiras, fato que nem sempre é comum em shows de rock, mas que são mais frequentes em apresentações muito badaladas ou com ingressos mais elevados do que o normal. No show de Gilmour alguns marginais aproveitaram essa deixa e trouxeram alguns prejuízos, conforme relatos de fãs na página da organizadora dos shows.

Voltando ao lado bom do evento, clássicos históricos do Pink Floyd levaram muitos ao delírio no Allianz Parque. "Wish You Were Here", "Money", "Us and Them", "High Hopes", "Shine On You Crazy Diamond", "Time", "Breathe – Reprise" e "Comfortably Numb" foram só algumas das faixas que devem ter ficado grudadas na mente da galera presente.

O Roque Reverso teve a credencial de imprensa negada para a cobertura, mas quem nos conhece sabe que não é um obstáculo desses que nos impedirá de trazer material relacionado aos shows para os nossos leitores da mais alta qualidade. Quem gosta de rock e vive para ele sempre vai descolar com o maior carinho os melhores momentos das históricas apresentações em São Paulo.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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