Sem maneirismos, Marrero faz um som redondo em seu álbum de estréia

Fosse um combo de funk, não hesitaria em colocar "AH, OS MOLEQUE ESTÃO SINISTRO", mas é quase isto – se aplica perfeitamente à banda Marrero, que lança seu primeiro álbum, homônimo, pelo selo StereoMono.

O disco foi gravado ainda em 2013, produzido pela própria banda e por André Kbelo Sangiacomo e mostra sua urgência – foram três dias de gravação, com os músicos tocando "ao vivo", utilizando um gravador analógico de duas polegadas.

Posteriormente, foram feitos alguns overdubs e algumas partes vocais foram adicionadas, por sugestão do diretor artístico do selo, Carlos Eduardo Miranda, mas o espírito das gravações originais foi mantida.

Marrero lança seu primeiro álbum (Foto: Divulgação)

O trio, formado por Anderson Kratsch (voz), Estevan Sinkovitz (guitarra) e Felipe Maia (bateria) faz um stoner rock baseado em riffs pesados, hipnóticos, tirados da escola de Tonny Iommi e Gezzer Butler. As letras estão longe da temática de muitas bandas do gênero, jogando a "selva suja das ruas" nos tímpanos do ouvinte: versos como "Embaixo da ponte/Eu e mais três/Pegamos um bonde/E aí?Matamos alguém?" já dão a pista do que se trata – nada é moleza, em um disco conciso, sem firulas, maneirismos ou chinfras.

A banda vai abrir os shows do Fear Factory no Brasil neste final de semana (09/10 em Curitiba, 10/10 em São Paulo e 11/10 no Rio de Janeiro).

Você pode ouvir o álbum do Marrero no UOL Musica Deezer clicando aqui.