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Breve história dos Faces, que tiveram Rod Stewart e Ron Wood

Combate Rock

06/08/2015 16h55

Marcelo Moreira

A banda The Faces surgiu em 1969 das sobras de outras duas formações, na brincadeira feita por Rod Stewart. Ele e Ron Wood, então baixista, foram demitidos no começo daquele ano do Jeff Beck Group. No mesmo período, Steve Marriott, vocalista e guitarrista dos Small Faces, deixava o grupo para criar o Humble Pie com Peter Frampton.

Ronnie Lane (baixo), Kenney Jones (bateria) e Ian McLagan (teclados), os remanescentes dos Small Faces, convidaram os amigos e vizinhos Wood e Stewart para uma jam session. Bastaram três ensaios para que um novo grupo, The Faces, surgisse, e começasse em seuida as gravações do primeiro álbum, "First Step", ainda sob o nome de Small Faces, no final daquele ano.

No contrato que assinaram com a EMI, deveriam lançar dois LPs por ano, um como Faces e outro como álbum solo de Rod Stewart. Surgiram assim clássicos e obras-primas como "Long Player", "A Nods as Good as Wink… to a Blind Horse" e "Oh La La", dos Faces, e "Every Picture Tells a Story", "An Old Raincoat Won't Ever Let You Down" (nos Estados Unidos, "The Rod Stewart Album"), "Gasoline Alley", "Smiler" e "Never a Dull Moment", de Stewart.

Apesar do sucesso – rivalizavam em venda de ingressos para shows com Who, Rolling Stones e Led Zeppelin -, a química foi desaparecendo à medida que Wood e Stewart priorizavam suas carreiras solo – Ronnie Lane saíra no comecinho de 1973 em carreira solo, substitído pelo japonês Tetsuo Yamauchi (ex-Free).

Segunda e última formação dos Faces, em 1973, com o baixista japonês Tetsuo Yamauchi (na ponta direita) substituindo Ronnie Lane (FOTO: REPRODUÃO/DIVULGAÇÃO)

Segunda e última formação dos Faces, em 1973, com o baixista japonês Tetsuo Yamauchi (na ponta direita) substituindo Ronnie Lane (FOTO: REPRODUÃO/DIVULGAÇÃO)

Em 1975 a banda praticamente não existia mais, a não ser para acompanhar o cantor em sua careira solo paralela. Stewart precisava de um motivo para daixar a banda sem magoar os amigos. E ele veio com o convite de Keith Richards para que Ron Wood substituísse Mick Taylor nos Roling Stones.

Com o fim dos Faces, Wood virou um Stone, Stewart se transformou no quem sempre sonhou, um cantor pop e Ronnie Lane manteve sua carreira solo voltada para a folk music e colaborações com Pete Townshend (The Who). Jones e McLagan embarcaram na canoa furada dos Small Faces reformado em 1977 com Steve Marriott.

Após o fracasso, o tecladista foi convidado para ser tecladista de apoio dos Rolling Stones, e o baterista substituiu Keith Moon (morto em 1978) no Who em 1979, ficando até 1982 na banda.

O ressurgimento dos Faces, se ficar apenas nos shows esporádicos como uma reunião de bons amigos, cumprirá o seu objetivo de relembrar a importância de Ronnie Lane. Se um novo álbum vier, será totalmente desnecessário.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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