Novo álbum de Zé Brasil é um prêmio à persistência
do site Arquivo Crucial
O roqueiro Zé Brasil está de volta com os Delinquentes de Saturno Álbum é dedicado a Victor Leite e conta com uma seleção de rockers paulistanos, entre eles, Rolando Castello Jr., Akira S. e uma das primeiras gravações de Edgard Scandurra.
O cantor, compositor, baterista e 'agitador' Zé Brasil diz que é um 'tudista' por religião e tem o rock and roll como sua yoga. Sua nova investida, a banda Delinquentes de Saturno, é formada também por gente que crê no 'tudismo', como ele explica: "são rebeldes sonhadores, inconformados com a 'borocoxonia' dos terráqueos.
Delinquentes porque são outsiders, rockeiros underground, que mesmo no planeta de origem combatiam a caretice e apatia dos saturnianos. Acho que a 'normalidade' do sistema Big Brother, nosso Admirável Mundo Novo, não está produzindo bons exemplos, ao passo que a nossa 'delinquência saudável' só produz alegria e animação, emanadas pelo nosso rock naif espiritual". A 'delinquência saturniana' é um estado de espírito. Por isso mesmo, a formação da banda é mutante.
Além do "comandante supremo" Zé Brasil dependendo da música ou da viagem pode contar com gente como os guitarristas Edgard Scandurra e Xando Zupo, Rolando Castello Jr (Patrulha do Espaço), uma das lendas da bateria no Brasil, Renato Coppoli (baixista e guitarrista que também masterizou o CD no Audio Freaks Studio), o produtor, arranjador e músico Cláudio Erlam (Le Chat Studio), e a cantora Silvia Helena, parceira de Brasil na vida e em sua outra banda Apokalypsis.
Entre as músicas, destaque para "Borocoxô", rock com levada setentista e letra de 'brincadeira com pitada de verdade verdadeira'. Big Brother é uma súplica à normalidade, pelo equilíbrio, pela vida enfim. Sobressaem o baixo de Geraldo Vieira, recheado de harmônicos e a instigante guitarra de Julio Manaf. É dedicada a Júlio Barroso (1953-1984), músico e poeta da geração pós-punk.
A balada progressiva "Victor" trata delicadamente da falta que faz um amigo e companheiro de banda, o baterista Victor Leite (1955-1993), que integrou bandas como Ira!, Ultraje a Rigor, Gang 90 e Muzak. O poema em inglês, de Marcos Delduque, motivou a música de Zé Brasil, o arranjo de Cláudio Erlam e o inspirado solo do guitarrista Xando Zupo (do Pedra).
A faixa-bônus "Paranóia", composta em Paris, é uma gravação histórica ao vivo da primeira fase dos Delinquentes de Saturno, em 1982. Traz Silvia Helena cantando, Victor Leite na bateria, o baixista Marcos Delduque e o guitar-hero Edgard Scandurra (IRA!).
O projeto gráfico é do designer e músico gaúcho Rafael Cony. Zé Brasil é compositor, intérprete, músico e produtor desde 1970 no Brasil, Estados Unidos, Reino Unido, França e Espanha. Fundou o Apokalypsis em 1974, que foi a revelação do rock paulistano em 1975. Desde então trabalha com a cantora Silvia Helena, sua mulher e parceira artística. Criou vários grupos (Space Patrol, UHF) com conhecidos artistas do rock brasileiro como Arnaldo Baptista (Mutantes) e Billy Forghieri (Blitz). No início de 2013, lançou o CD Cabelos Dourados com o grupo Apokalypsis (Natural Records), puxado pela canção-título, dele e de Arnaldo Baptista, e é claro, inspirada na doce figura setentista de Rita Lee.
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