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'Legion' mostra o Korzus ano auge da carreira em 30 anos de história

Combate Rock

29/11/2014 21h30

Leandro Nogueira Coppi – do Brasil Metal História

Quando se fala em lealdade e comprometimento com a história do Thrash Metal nacional, dificilmente alguém não associará o Korzus a esses conceitos. O grupo se tornou um legítimo balzaquiano no cenário, graças aos 31 anos de uma carreira vitoriosa, estabilizada, jamais interrompida e muito menos corrompida, já que nem de longe flertou com modismos e nem se curvou diante dos percalços.

Vivendo em clima de tranquilidade, graças também a estabilidade na formação que há seis anos se mantém intacta com os membros fundadores Marcello Pompeu (vocal) e Dick Siebert (baixo), os guitarristas Heros Trench e Antônio Araújo e mais o baterista Rodrigo Oliveira, o quinteto acaba de lançar o ótimo álbum, "Legion", que tem o padrão Korzus de qualidade e isso significa que não precisa de maiores apresentações.

O 'frontman' Marcello Pompeu recebeu a equipe do Brasil METAL História na audição do novo álbum para falar um pouco sobre esse lançamento e, de forma concisa e sem pápas na língua, nos responder a respeito do atual momento do cenário nacional, além de comentar a participação consagradora no festival "Rock In Rio". Confira!

FOTO: DIVULGAÇÃO

FOTO: DIVULGAÇÃO

O Korzus está com a formação estabilizada há seis anos. De que forma isso influenciou na construção de "Legion"?
Marcello Pompeu: Ah cara, a gente fica mais tranquilo. O ambiente é mais sossegado. Quando tem alguém descontente, o ambiente fica diferente… Não digo carregado. Porque meu, uma banda que já trocou mais de dez vezes de músicos, quer que se foda. Se "nego" não quer, tchau e bênção, colocamos outro! Se hoje a gente anunciar que queremos, por exemplo, um guitarrista, vai aparecer cem mil pessoas! Lógico, cem mil eu exagerei, mas aparecerão umas cem pessoas querendo entrar na banda. Então eu não tenho mais problema com isso. Em um ambiente quando está tudo arrumadinho, bonitinho, é uma maravilha e o do Korzus hoje é muito bom. Temos divergências, mas nada que vá botar em risco o lugar de cada um nada banda. São só divergências ou opiniões diferentes.

O novo álbum "Legion" traz um trabalho de guitarras muito bom. Riffs consistentes e solos com melodias marcantes. Isso aconteceu naturalmente, ou foi planejado durante o processo de gravação?
Pompeu: Não, não. Acho que o Heros (Trench) e o Antônio (Araújo) se envolveram em "Discipline Of Hate" (2010) e isso acabou sendo um desenvolvimento natural que refletiu no novo álbum. Mas dizer à eles, 'faça isso' ou, 'faça aquilo', não. Foi natural. As músicas foram sendo lapidadas, mas um solo é algo bem individual. Então eu acho que foi uma evolução individual deles. A única coisa que eu brincava ou enchia o saco deles era se a música era Korzus ou não.

No álbum "Mass Illusion" (1991), vocês trabalharam com o produtor Roger Rocha Moreira (Ultraje A Rigor) e no "KZS" (1995) com Steve Evetts. A partir de então, você e o Heros Trench (guitarrista) tomaram gosto e passaram a produzir os álbuns do Korzus e de diversas outras bandas. Como surgiu essa parceria no ramo da produção musical?
Pompeu: Com o Korzus foram só três álbuns até agora, mas temos mais de quinhentos! Olha, a parada é a seguinte, há vinte anos comecei a trabalhar nessa área, juntando amigos e tive a oportunidade de produzir o primeiro álbum do Siegrid Ingrid (N.R.: "Pissed Off" (1995)) e dali por diante eu percebi que isso era algo que eu poderia fazer paralelamente ao Korzus. Aí começou a aparecer outra, outra e mais outra e aí cheguei a conclusão de que eu tinha que ter o meu próprio estúdio, pois até então eu estava produzindo em outros lugares. Vinte anos depois, posso ver que de repente é uma profissão, uma coisa rentável e estou trabalhando na cena. Hoje, no Heavy Metal nacional, talvez eu seja o produtor que mais tem prêmios.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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