Morre o guitarrista Paulo Schroeber

Marcelo Moreira

Muita gente acreditou quando o vocalista Edu Falaschi disse, em uma roda de amigos, que tinha convidado um guitarrista gringo para tocar no Almah, lá em 2009. Era uma brincadeira, mas teve gente que passou a informação para a frente e o boato "pegou" por um tempo, e ficou sério quando o guitarrista gaúcho Paulo Schroeber apareceu nos primeiros shows da banda. Tinha fã jurando que o guitarrista louro meio grandão era finlandês ou sueco.

O guitarrista meio grandão era pacato, quieto, apesar de sua cara de viking enfezado. Era um pouco largadão, não fazia questão de reter na memória as referências em detalhes de suas influências musicais, mas adorava curtir a vida de forma sossegada e a querido por muita tente no metal nacional. Schroeber com certeza se tornaria uma lenda entre os músicos de rock pesado brasileiro se não tivesse morrido tão cedo, ontem, aos 40 anos de idade, em Caxias do Sul (RS).

FOTO: DIVULGAÇÃO

Após gravar os dois primeiros álbuns do Almah, o guitarrista gaúcho começou a apresentar problemas de saúde, que se agravaram rapidamente, principalmente a insuficiência cardíaca que o obrigou, algum tempo depois, a deixar a banda, em 2011. A questão era tão séria que o impedia de tocar por períodos mínimos. Desde então ele passou a cuidar da saúde frágil, ao mesmo tempo em que participava de rápidos projetos musicais de amigos.

Segundo a nota oficial divulgada pela assessoria de imprensa do músico, após vários dias internado para tratamento do coração na UTI do Hospital Nossa Senhora Medianeira (Hospital do Círculo), em Caxias do Sul, o músico morreu devido a consequências da insuficiência cardíaca.  Schroeber foi submetido a um procedimento de reconfiguração do aparelho cardíaco [uma espécie de marcapasso], que não surtiu efeito e o músico precisava urgentemente de um transplante. O quadro se agravou devido a ter se formado água em seus pulmões em razão do crescimento do coração, que pressionava este órgão, o que o deixava com dificuldades para respirar.

O músico gaúcho deixa inacabado o seu primeiro trabalho álbum solo, "Freak Songs", embora alguns amigos garantam que o trabalho tinha sido finalizado.