Após discussão com ex-integrantes, Kiss cancela show no Hall of Fame
Marcelo Moreira
O Rock'n'Roll Hall of Fame não serve para nada, todos os astros sérios debocham da entidade (principalmente aqueles que foram ignorados), mas no fundo todo mundo sonha em estar lá, homenageado pelos 25 anos de carreira. Foi mais ou menos isso que Ozzy Osbourne disse no começo do ano, quando o Black Sabbath foi homenageado pelo Grammy. A prova de que isso é verdade é a desagradável disputa entre membros e ex-membros do Kiss para participar do evento deste ano, no qual a banda norte-americana será homenageada.
O Kiss hoje é formado pelos fundadores e chefes Paul Stanley (guitarra e vocais) e Gene Simmons (baixo e vocais), mais o baterista Eric Singer e o guitarrista Tommy Thayer. No entanto, Peter Criss (bateria), membro original, está protestando porque ele e o guitarrista que também começou a banda, Ace Frehley, não foram convidados para a festa. O problema cresceu a tal ponto que o quarteto com a formação atual decidiu cancelar sua apresentação no evento.
As informações são desencontradas. Criss disse que ele e Frehley não foram convidados. Já o guitarrista declarou ao site Blabbermouth.net que se recusaria a subir ao palco e tocar usando a sua máscara característica ao lado de Thayer. Já a banda limitou-se apenas a uma nota oficial lacônica no último domingo onde informa que "nós decidimos que não tocaremos, com qualquer formação, e nos manteremos focados em celebrar o nosso ingresso no Hall da Fama".
O comunicado da banda, entretanto, informa que Frehley e Criss não estão vetados na cerimônia de ingresso no Hall of Fame. "Queremos celebrar a homenagem, e todos que passaram pela banda merecem crédito, Tommy Thayer and Eric Singer, membros atuais há bastante tempo, e Bruce Kulick e Eric Carr. "Já faz 13 anos desde que a formação original tocou junta pela última vez, com maquiagem. Nós nunca nos recusamos a tocar com Ace e Peter, mas a formação atual é a oficial."
O Hall of Fame foi uma grande ideia para eternizar os grandes artistas, mas perdeu-se ao longo do tempo nos critérios – ou falta de – para "anunciar" os homenageados. A cada ano a lista é extensa, e "homenageia" muitos artistas que mal fizeram sucesso local nos Estados Unidos, sendo desconhecidos até mesmo em suas cidades, enquanto gigantes como Deep Purple e Rush precisam, ano a ano, "disputar" um lugar na premiação em uma risível eleição feita pela internet, coalhada de supostos fãs de música que mal sabem quem foi John Lennon ou Jimi Hendrix.
E o lamentável é que os membros do Kiss se prestam a esse papel vexatório de ficar discutindo em público quem pode ou não representar a banda na cerimônia e no palco, quando a entidade nunca deu o devido valor ao quarteto, ao mesmo tempo em que os ex-integrantes continuam choramingando na imprensa o fato de terem sido supostamente "esquecidos" e "menosprezados" pelos chefões do Kiss. Um espetáculo desnecessário e deplorável.
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