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Pete Townshend e David Gilmour, uma parceria de gigantes, completa 35 anos

Combate Rock

30/05/2020 06h19

Marcelo Moreira

David Gilmour (esq.) e Pete Townshend em estúdio de Londres, em 1985, nas sessões de

David Gilmour (esq.) e Pete Townshend em estúdio de Londres, em 1985, nas sessões de "White City" (FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE)

Há 35 anos, uma parceria fugaz, mas impactante, de dois gigantes do rock mostrou que as colaborações poderiam empurrar o rock a novos patamares se fossem implementadas com mais frequência.

Na esteira da parceria entre Queen e David Bowie, com a fabulosa "Under Pressure", de 1981,os guitarristas Pete Townshend (The Who) e David Gilmour (Pink Floyd) juntaram forças entre 1984 e 1985 que renderam um material bem interessantes.

Naquele Período, houve outras parcerias, como Paul McCartney e Michael Jackson ("Say, Say Say"), McCartney e Stevie Wonder ("Ebony and Ivory") e Mick Jagger e David Bowie ("Dancing in the Street").

A colaboração entre os dois amigos guitarristas começou nas sessões de gravação de "About Face", disco solo de Gilmour lançado em 1984, um pouco antes da implosão do Pink Floyd.

O resultado foram duas composições assinadas pelos dois, "All Lovers Are Deranged" e "Love On The Air", sendo que a primeira é a mais interessante.

Meses depois foi a vez de Gilmour ir aos estúdios de Townshend para gravar e compor músicas para a "White City", o álbum solo do guitarrista do Who que seria lançado em 1985.

Aqui as duas músicas foram mais expressivas, de qualidade superior às do álbum de Gilmour. A dupla assinou a pesada e climática "Give Blood", que abre o disco, e "White City Fighting", que chegou a entrar nas paradas britânicas.

O entrosamento foi tão bom que Gilmour participou da turnê europeia de Townshend para divulgar "White City", com shows memoráveis na Inglaterra, além de uma apresentação sublime em Cannes, na França, em janeiro de 1986.

Apesar da amizade e do entrosamento, a dupla só se reencontraria dez anos depois, quando Gilmour foi um convidado especial do Who em um show no Hyde Park, onde a banda resgatou o repertório do icônico álbum "Quadrophenia".

 

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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