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Morre Rubinho Barsetti, do Zimbo Trio, um gigante da bateria

Combate Rock

15/04/2020 19h31

Rubinho Barsotti (dir.), com o Zimbo Trio (FOTO: REPRODUÇÃO/YOUTUBE)

"Rubinho poderia ter dado sua caixa também a Buddy Rich, Gene Krupa, Max Roach ou Art Blakey que todos teriam motivos de orgulho. Ao longo dos anos, a história foi sendo construída na porção Sul das Américas por musicalidades como a sua, ao lado do Zimbo Trio ou de Elis, Jair Rodrigues, Elizeth Cardoso, Wilson Simonal e vários outros."
Um epíteto deste equivale a um guitarrista ser encaixado no mesmo patamar de Eric Clapton, Jimi Hendrix, Jeff Beck ou Jimmy Page no rock. E quem teve essa honra, no elegante texto do jornalista Julio Maria, publicado em Estado de S. Paulo, foi Rubinho Barsotti, responsável pelas baquetas do maravilhoso Zimbo Trio.
Barsotti morreu nesta semana, aos 87 anos de idade. Ainda era cultuado como um mestre e o grande de seu instrumento de sua geração.
Abaixo, um trecho da homenagem ao grande baterista feita por Julio Maria. O texto na íntegra está aqui ou então aqui.
"Vestido de terno para receber o jornalista, com uma caixa de bateria estrategicamente colocada em um canto da sala, Rubinho Barsotti abria a porta sozinho, fazia as honras da casa e sentava-se ao sofá. Sua fala era contida, parecia querer limitar-se às passagens mais importantes, e seus dedos longos iam e vinham no ar quando falava como se regessem uma orquestra.
Os grandes bateristas tocam exatamente aquilo que são. Os pedintes de atenção serão exagerados na caixa e nos pratos, os coadjuvantes na vida farão levadas precisas mas discretas, os destemperados nunca entenderão que fazem parte de algo maior do que eles mesmos. Dez minutos falando com Rubinho em sua presença valiam para entender porque sua bateria, equilibrada entre a sensatez e o espetáculo, fizeram uma revolução na música brasileira a partir do começo dos anos 1960."

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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