Sammliz desbrava a dor para se recriar em novos single e clipe
Ana Clara* – especial para o Combate Rock
Com "Leviatã Lux", Sammliz mergulha fundo em recantos desafiadores para encontrar novos caminhos. O single, que dá também nome ao próximo EP, marca a retomada dela aos palcos após quase dois anos, período no qual se dedicou a explorar outras possibilidades de produção, com uma estética mais leve e eletrônica.
A coprodução musical de Mateus Estrela, ou STRR, foi fundamental na construção da identidade deste trabalho, ao lado dos músicos Mateus Silva (guitarra) e Leo Chaves (baixo), com quem Sammliz colabora pela primeira vez em sua carreira.
Na composição, fruto de uma imersão muito íntima, ela revisita momentos sombrios de um passado recente e fala sobre a vulnerabilidade, o abismo da dor e um mergulho sem máscaras em si mesma.
É sobre dar um novo sentido ao sofrimento através de um despertar para seguir em frente, compreendendo que a única vingança possível é o amor, tema central do EP e parte da letra de "Leviatã Lux".
A sonoridade não se distancia totalmente do rock, marca da trajetória dela, mas assume um tom menos pesado, em que as guitarras saem da função de condutoras para um papel mais rítmico.
As referências são de post-punk, R&B e, especialmente, de artistas como PJ Harvey, Fiona Apple, St.Vincent, Charlotte Gainsbourg, Siouxsie e Anna Calvi, antigas e novas influências na formação da artista, assim como Portishead, New Order, Grimes, Lorde e Flume.
Mateus Estrela comenta que buscou revisitar elementos antigos a partir de um olhar mais moderno. Para ele, a colaboração com Sammliz foi bastante rica pelo encontro de referências: "Uma das coisas que mais gosto da música eletrônica é poder experimentar e ser criativo de uma forma muito prática e inovadora, muito rápida. Dá uma liberdade muito grande", comenta. Isso foi algo importante na soma entre o produtor e a cantora/produtora, que têm como ponto de conexão a busca pela liberdade criativa e exploração de possibilidades.
Sammliz encontra uma nova voz a partir de experiências dolorosas, mas também permeadas pelo amor como força criadora e salvadora. O resultado é reluzente, vibrante. Um trajeto pela escuridão até um novo amanhecer, sem medo de encarar demônios.
* Ana Clara é cantora, compositora e radialista paraense
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