Dono do festival, Sepultura toca música nova e faz show estupendo
Marcelo Moreira
Celebrar 35 anos de carreira da melhor forma possível, no melhor lugar possível, e ainda tocando música nova e anunciando novo CD para fevereiro de 2020. Não há dúvidas de que o Sepultura é o dono do Rock in Rio.
Abrindo o palco Mundo, a banda brasileira resolveu fazer aquele que possivelmente o melhor show da banda em todas as edições do festival. Melhor o que o de 1991? Olha que é bem provável…
Ainda há crítivas sobre a onipresença do Sepultura em quase todas as edições do Rock in Rio. Não críticas infundadas, memso que seja o principal nome do rock nacional. Será que é necessário ter a banda brasileira em todas as edições?
A julgar pelo show de hoje, a resposta é sim. A banda deu um show de metal, de precisão, de qualidade e de peso. Foram 12 músicas em uma apresnetação intensa, energética e matadora, passando por todas as fases e misturando músicas escolhidas a dedo por ser as mais pesadas entre as mais pesadas.
Se for para esclher um destaque, que tal "Isolation"? É a música inédita divulgada no palco, que estará no disco "Quadra", que chega no ano que vem. Com o peso característico, ainda mantém uma pegada progressiva, mas é mais direta e intensa do que as que estão no último álbum, "Machine Messiah".
Um peso descomunal vimos também versões matadoras de "Ratamahatta", onde a percussão estremeceu o Rock in Rio, logo emendada com o hino "Roots Bloody Roots", dobradinha que encerrou o show.
Mas teve ainda mais, com a pesadíssima "Attitude" (alguém ainda duvida de que Derrick Green foi a melhor ecolha ara substituir MaxCavalera?), a imagética "Kairos", o hino "Inner Self" e a abertura estupenda com "Arise".
Ponto alto do show? Podem escolher. Que tal o início de "Carry On", do Angra, na bela homenagem a André Matos (morto em 8 de junho), seguida de "Refuse/Resist"? Ou seria a exaltação da brasilidade em "Ratamahatta"?
Sepultura é uma entidade que supera qualquer adversidade ou polêmica. Atropela críticas e mostra, com música, que é um orgulho nacional sob qualquer ponto de vista.
A apresentação de hoje foi precedida de xingamentos nas redes sociais pelo fato de Andreas Kisser, o guitarrista, ter anunciado que usaria uma guitarra com cores do mundo LGBT.
As pessoas certamente se referiam a declarações muito antigas a respeito de corrupção e criminalização de políticos de esquerda e ou de pessoas ligadas aos direitos humanos (palavras que, confesso, não me lembro e que, em alguns casos, duvido que tenham do proferidas).
A camiseta que ele usou, um logo anarquista, também foi muito criticada. "Reacionário" e "oportunista" foram os termos mais elegantes contra Kisser nas redes sociais.
Relevemos todas essas coisas. O Sepultura demoliu as estruturas do Rio de Janeiro com uma apresentação espetacular, digna de um festival gigante como esse.
Polêmicas? Foram soterradas por "Arise", "Roots Bloody Roots", "Isolation", "Attitude", "Inner Self", "Kairos" e, principalmente, pela parede sonora do sobre-humano baterista Eloy Casagrande. Só Iron Maiden e Slayer poderão superar, com muita dificuldade, o que os brasileiros fizeram hoje.
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