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Há 50 anos o Led Zeppelin iniciava o seu domínio do mundo

Combate Rock

17/01/2019 06h51

Marcelo Moreira

Muita gente não gostou na época, mas a maioria reconhece: aquilo foi diferente. O primeiro álbum do Led Zeppelin, lançado há 50 anos, em janeiro de 1969, tinha um som que não era exatamente uma novidade, mas surpreendeu porque as músicas eram muito pesadas. Era blues, era rock, era muito barulhento. O que Jimmy Page pretendia?

Os amigos mais chegados e uma parte do público norte-americano já tinha presenciado ao vivo o pder da banda de Page, mas ainda assim a crueza, a aspereza e a energia liberada no álbum "Led Zeppelin" chegava a assombrar.

Aquele som pesado era o caminho que estava sendo trilhado por Cream, The Who, Jimi Hendrix e uma banda nova americana chamada Blue Cheer. Volume altíssimo, distorção no máximo, bateria marcante e pesada e um baixo trovejante.

Se outros já haviam feito música pesada antes, como os Beatles em "Helter Skelter", o Led Zeppelin formatou aquilo que se convencionou chamar de "rock pauleira", que logo ganharia a adesão do Deep Purple para, em seguida, se transformar na base do heavy metal com o surgimento do Black Sabbath.

"Led Zeppelin" é um cartão de visitas e tanto, com uma explosão de música pesada e uma avalanche de riffs de guitarra destruidores, como nas pesadas e rápidas "Communication Breakdown e "Good Times, Bad Times", na violenta "How Many More Times" e na dramática "Babe, I'm Gonna Leave You".

As versões dos blues "arrasa-quarteirões" "I Can't Quit You" e "You Shook Me", de Willie Dixon são poderosas, assim como o hino pesado "Dazed and Confuzed", chupado de outro bluesaço, "I'm Confuzed", clássico americano.

O Led |Zeppelin surgia em janeiro de 1969, em disco, para inaugurar a era em que os gigantes pisavam sobre a Terra. E com isso dominaram o mundo por quase dez anos.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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