Metal brasileiro 2019: Tuatha de Danann, Lâmmia e Dr. Sin dão a largada
Marcelo Moreira
Por enquanto são apenas singles, mas dão uma amostra das boas coisas que vão surgir no rock presado brasileiro em 2019. E quem puxa a fila é a banda mineira Tuatha de Danann, que prepara um CD após anos de silêncio.
"The Tribes of Witching Souls", já disponibilizada no YouTube, é uma síntese do que a banda já fez em 20 anos de carreira. É uma música folk celta com guitarras pesadas, como encontramos no ótimo CD "Trova di Danú".
A produção é excelente, clara, dando a ênfase necessária ao timbre pesado e saturado da guitarra e colocando em destaque os instrumentos celtas, como as flautas e bandolins.
Bruno Maia, o vocalista, violonista e guitarrista, mais uma vez aqui faz um dueto com o amigo de longa data Martyn Walkyer, cantor inglês que liderou por muito tempo a excelente banda Skyclad.
"Fiquei muito feliz com o resultado, escutando a música percebo uma banda com um som renovado, com outro pique. Tudo está leve e bacana", afirma Maia, um dos pioneiros do celtic folk nacional.
O grupo carioca Lâmmia decidiu colocar mais peso no seu stoner rock em "Pulling the Chain". A produção acertou em estabelecer um "duelo" entre a voz de Carmen Cunha, excelente cantora, e a guitarra soturna de Dony Escobar.
Abraçando o metal, a banda encosta em nomes importantes do stoner europeu com vocais femininos, como Avatarium e Lucifer e a enxurradas de bandas gregas do estilo.
As pitadas de psicodelia, em alguns momentos, remetem a trabalhos de bandas alemãs, como Kadavar e Samsara Blues Experiment. O resultado é muito bom, aumentando a ansiedade pelo álbum que virá em breve.
O Dr. Sin está de volta após três anos de hiato, agora com Thiago Melo no lugar do guitarrista Edu Ardanuy. O trio encara a nova fase com a mesma qualidade, mas com um hard rock mais moderno.
"Lost in Space" é o single que já aponta para o novo CD, que pode sair ainda em 2018. A música é ótima, mas evidencia o caminho que a banda quer seguir: guitarras menos bluesy, mais pesadas e com menos solos, embora Melo, que tocou com os irmãos Andria (baixo e vocais) e Ivan Busic (bateria e vocais) na banda Busic, seja um excelente instrumentista.
"Essa volta era o que os fãs mais aguardavam e nos trouxe de volta à vida pois o Dr. Sin é a nossa vida", disse Ivan Busic.

Dr. Sin em sua nova formação: da esq. para a dir., Ivan Busic, Thiago Melo e Andria Busic (FOTO: DIVULGAÇÃO)
Andria, por sua vez, comentou que ele e o irmão ficaram muito orgulhosos do CD da Banda Busic, lançado em 2017, mas que foi impossível ignorar os sinais "evidentes" de que o Dr. Sin teria de voltar.
"O Zeca Salgueiro, o outro guitarrista da banda Busic, foi quem deu a letra: 'Com o Thiago Melo tocando com a gente, é impossível não lembrar do Dr. Sin.' E ele tinha razão. É um legado muito importante o que a banda deixou e é parte muito importante de nossas vidas", disse o baixista.
O som lembra bastante as músicas mais fortes do último CD, "Intactus", de 2015, ainda com Ardanuy. Entretanto, com a tal pegada mais moderna, "Lost in Space" traz um Dr. Sin mais renovado e rejuvenescido.
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