Encontro de gigantes do rap e da black music
Nelson Souza Lima – especial para o Combate Rock
Rolou na última sexta-feira, 15 de junho, no Espaço das Américas o show de dois dos maiores representantes da música brasileira. No palco Mano Brown e Criolo fizeram uma grande apresentação que levou a galera ao delírio. A casa, localizada na zona oeste de São Paulo, tem capacidade para 10 mil pessoas e no olhômetro eu diria que praticamente lotou.
Cheguei acompanhado da fotógrafa Letícia Nunes Lima (vejam os cliques) e o clima era dos melhores. Ao entrar e deparar com a pista gigantesca eu voltei aos anos 80 lembrado dos bailes que costumava frequentar.
A volta ao passado foi pra mim, assim como para muitos outros retornar aos grandes bailes black famosos como do Palmeiras, Guilherme Giorgi e Chic Show.
Nas pick ups rolando o melhor do rap nacional como Racionais, Kamal e Planet Hemp. A abertura ficou por conta do mineiro Djonga. Durante 40 minutos o rapper chamou a galera pra cantar e pular ao som de suas batidas nervosas com letras afiadas e forte crítica social. N
o set do mineiro canções, cujos clipes já constam milhares de views no Youtube como "10 10", "Solto" e "Geminiano". O esquenta de Djonga funcionou sendo que às 23h40 o cara deixou o palco ovacionado com a galera pedindo mais.
Agora era esperar pela atração principal. Nesse meio tempo uma pausa pra tomar uma água e dar um look no publico: garotas estilosas, com cabelos e indumentária classudas.
Os caras usando camisetas cabulosas e roupas variadas. Bem eclética a galera com idades variadas: jovens com cara de nerd, mauricinhos, manos, patricinhas, fãs da soul music das antigas numa comunhão musical.
Passava da meia-noite, abrindo o sábado, quando a banda, muito boa por sinal, mandou os primeiros acordes de "Ponta de lança Africano (Umbabarauma), de Jorge Ben, e regravada por Mano Brown em 2010.
Saudados pelo público o líder do Racionais e Criolo mandaram uma sequência de ótimas canções alternando-se: uma de Brown, uma do compositor de "Não existe amor em SP".
Com discursos engajados e conscientes o cara do Capão Redondo (Brown) e o mano do Grajaú (Criolo) mostraram o quanto o ecletismo é uma marca de ambos, que apesar de terem o rap como sonoridade principal mergulham também no samba, soul, R&B e outros gêneros.
A pista ferveu ao som dos caras e nos telões uma explosão de imagens e homenagens a grandes nomes do hip-hop nacional. Foram mencionados MV Bill, Sabotage, Kamal, KL Jay, Ed Rock e Ice Blue. Este último aliás é parceiro de Mano Brown há anos e também no palco mandou suas rimas, cantando, ora com Brown, ora ao lado de Criolo.
Banda de responsa com metaleira precisa trouxe músicos tarimbados como o batera Vitor Cabral, o baixista Dudinha Lima e o guitarrista Rafael Bertoni. A direção musical do show ficou a cargos dos tarimbados Duani Martins e Daniel Ganjaman.
Por volta da 1h45 da manhã os caras encerraram com "Vida Loka". Sem bis ou bônus, mas tá valendo. Grande noite de uma festa black de prima.
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