Trinta anos do disco ‘Viva Hate’, o primeiro trabalho solo de Morrissey
Do site Roque Reverso
O dia 14 de março de 2018 marca o aniversário de 30 anos do álbum "Viva Hate", o primeiro trabalho solo de Morrissey. Lançado seis meses depois do último disco dos Smiths ("Strangeways, Here We Come"), "Viva Hate" marca uma divisão de águas na carreira musical do cantor britânico.
Produzido por Stephen Street, o álbum de estreia de Morrissey na carreira solo era repleto de expectativas. Tanto o público como os críticos tinham dúvidas se o ex-vocalista dos Smiths conseguiria repetir sozinho o sucesso da banda, que foi uma das mais importantes dos Anos 80.
A dúvida era motivada principalmente por uma constatação óbvia para quem entende o mínimo de Smiths: enquanto Morrissey sempre foi o pensador e exímio letrista da banda, o guitarrista Johnny Marr trazia a melodia característica do grupo.
Com riffs clássicos que entraram para a história do bom e velho rock n' roll, Marr estava muito longe de ser um desfalque desprezível.
Se não tinha mais Johnny Marr ao seu lado, Morrissey foi bastante feliz na escolha de músicos que o acompanharam na gravação de "Viva Hate". O resultado foi uma roupagem sonora um pouco diferente, mas que, com a soma da ótima voz do cantor, gerou um álbum agradável.
Para muitos, por sinal, a voz de Morrissey estava num dos melhores momentos de sua carreira musical. A própria motivação para mostrar ao mundo que poderia brilhar sozinho também foi um elemento importante que ajudou em "Viva Hate".
Em relação às letras, a fórmula de sucesso já adotada nos trabalhos dos Smiths continuou em "Viva Hate". No disco, os tradicionais temas de desilusão amorosa, solidão e críticas a governantes e ao sistema político continuaram e deixaram tranquilos os fãs, que haviam pensando inicialmente que poderiam ficar "órfãos" das composições de Morrissey.
Na lista de músicas, duas delas se transformaram em clássicos incontestáveis da música: "Everyday Is Like Sunday" e "Suedehead", respectivamente o segundo e o primeiro singles do álbum.
Você pode até detestar as músicas de Morrissey, mas não pode negar que as melodias de "Everyday Is Like Sunday" e "Suedehead" são daquelas que grudam na cabeça por semanas. Se, nos Anos 80, ambas as faixas se tornaram verdadeiros hinos de uma geração, hoje, 30 anos depois, são grandes geradoras de um saudosismo que só produzido por canções marcantes.
Destaque também para a faixa "Margaret on the Guillotine", na qual Morrissey suplica pela morte da então primeira-ministra do Reino Unido, Margaret Thatcher, a chamada "Dama de Ferro". "Por favor morra", pede o cantor na música, com uma letra que fez com que ele tivesse que dar explicações às autoridades britânicas.
"Viva Hate" faz parte da seleta lista do livro "1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer", de Robert Dimery.
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