Show longo mostra Guns N'Roses esforçado e Axl Rose pouco inspirado
Marcelo Moreira
A expectativa era alta, assim como a preocupação de como a banda iria reagir diante do avassalador show do Who. Assim como em 1991, quando teve de suar no Rock in Rio ao subir ao palco depois de um demolidor show do Judas Priest, o Guns N'Roses teria de encarar o palco após a lenda inglesa, em um erro de escalação (mais um) do Rock in Rio.
Desta vez não teve birra nem atraso, e o grupo norte-americano tratou de fazer vários agrados ao enorme público, como um show de três horas e meia, provavelmente o mais longo da história do festival.
Se por um lado era bom ver de volta o guitarrista Slash e o baixista Duff McKagan, da formação clássica, por outro ficou chato constatar as limitações vocais, ao menos nesse show, de Axl Rose.
Assim como no evento de 2011, Rose teve dificuldades para atingir certas notas e pareceu não estar boa forma. Mais grave anasalada em alguns momentos, o cantor destoou do restante da banda e fez bastante esforço para suportar as 30 músicas programadas.
Para manter o repertório longo e farto, os hits eram obrigatórios, mas a banda teve de apelar para as músicas do fraco álbum "Chinese Democracy", de 2009, o único álbum de inéditas da banda em 25 anos.
Ainda assim, valeu a pena esperar e encarar a maratona por conta do afiado instrumental da banda e por uma bela homenagem a Chris Cornell com "Black Hole Sun", do Soundgarden.
Com as frequentes vindas do grupo ao Brasil e ao Rock in Rio, o Guns deixou de ser novidade e acaba tendo muito pouco a oferecer além de um show bom e correto. As três horas e meia se arrastaram e mostraram que o excesso, nesse caso, jogou contra eles. Agradaram, como sempre, embora estivessem longe de serem memoráveis.
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