Novo álbum do Body Count terá cover do Slayer e participações de Mustaine e Max Cavalera

Flavio Leonel – do site Roque Reverso

O Body Count parece querer vir com tudo em 2017 e prepara um álbum que não deve passar sem abalar as estruturas. O grupo de metal do polêmico rapper Ice-T anunciou que lançará novo disco no dia 31 de março.

"Bloodlust" é o nome do novo trabalho, cuja capa pode ser conferida ao lado.

Será o sexto disco do Body Count e sucederá "Manslaughter", de 2014.

O álbum terá participações especiais de dois nomes badalados do heavy metal: o brasileiro Max Cavalera, fundador do Sepultura e atualmente liderando os grupos Soulfly e Cavalera Conspiracy; e o norte-americano Dave Mustaine, fundador e líder eterno do Megadeth.

Além de Cavalera e Mustaine, o vocalista Randy Blythe, do Lamb of God, também está entre os ilustres convidados.

As atrações não param por aí, já que o disco novo ainda deve trazer o Body Count tocando nada menos que uma dobradinha do Slayer: "Raining Blood" e "Postmortem", em forma de medley, representando simplesmente dois dos maiores petardos do disco "Reign in Blood", que completou 30 anos em 2016.

"Bloodlust" será lançado via gravadora Century Media. O primeiro single, intitulado "No Lives Matter" está agendado para chegar aos fãs no dia 17 de fevereiro.

No total, serão 11 músicas no novo álbum.

Antenado com o atual cenário conservador mundial e especialmente voltado para o momento turbulento dos Estados Unidos com a eleição e posse do novo presidente Donald Trump, o Body Count promete vir com letras contundentes e certeiras contra o racismo e outras formas de preconceito.

Num momento no qual o rock parece ter deixado sua tradição contestadora para vertentes do hip hop, o novo trabalho do Body Count dá um certo alento e esperança para que outras bandas tenham mais atitude em relação ao cenário preocupante do globo.

Vale lembrar que o Depeche Mode, outro grupo das antigas, também está com lançamento de novo álbumprevisto para março e já liberou uma música, "Where's The Revolution", com conteúdo mais politizado.