O resgate dos teatros como palcos musicais é a nova meta de Dudé e a Máfia
Marcelo Moreira
Um dos eventos mais legais dos últimos anos na Grande São Paulo, em um colégio estadual no centro de Osasco, revelou uma atração musical inusitada e bem legal. No acanhado palco do Blues pela Vida, em sua edição de 2013, uma banda de blues rock arrebentava com um som forte e poderoso.
O vocalista, de chapéu e óculos escuros, ao melhor estilo cowboy texano, estava á vontade, dominando o terreno e cantando com muita malícia e bom humor. Dudé & A Máfia arrancaram muitos aplausos e agradaram até as crianças, mas parte do público foi atraída pelo fato de o cantor, portador de necessidades especiais, ter nascido praticamente sem os dois braços.
O clichê é óbvio – Dudé é um exemplo de vida e perseverança. Mas ele vai muito além, incrementando sua atuação como ativista e porta-voz, por meio também de sua musica, de um grupo de pessoas que necessita de uma atenção maior principalmente do poder público.
E é a acessibilidade em eventos e em locais destinados a programas culturais o alvo da atenção do músico neste segundo semestre na Grande São Paulo, além de uma iniciativa bacana: resgatar shows musicais realizados em teatros, coisa muito comum nos anos 70 na capital paulista.
Dudé e A Máfia têm o objetivo de buscar de espaços alternativos em um momento onde músicos de vários gêneros musicais, principalmente os do underground, reclamam da fala de locais para tocar.
"Encontramos nos teatros uma infraestrutura interessante de ser usada. Não que estamos a menosprezar os bares e casas de shows existentes, continuamos a tocar nesses estabelecimentos, mas é sempre bom abrir o leque de possibilidades", disse Dudé, vocalista da banda.
O outro motivo pelo qual a banda Dudé e A Máfia busca os teatros como alternativa é a questão da acessibilidade para pessoas com deficiência. "É mais fácil achar teatros com acessibilidade do que bares, existe uma parte do nosso público que merece nos prestigiar num local com acesso adequado. Afinal, é um direito deles", afirma Dudé.
Por esse motivo, a banda uniu forças com os ativistas Nicole Somera, criadora do blog Desabled Rock e Rodolfo Sarudianski, criador da página no Facebook Rock n' Wheels e lançaram o Manifesto Em Prol do Rock e Cidadania, abaixo-assinado que procura conscientizar as produtoras de shows de Rock no Brasil a dar maior atenção para a acessibilidade para as pessoas com deficiência. Quem quiser contribuir com o abaixo-assinado basta acessar goo.gl/3Lw5wP
Dentro da iniciativa de buscar teatros, Dudé e A Máfia farão uma apresentação no dia 15 de setembro, a partir das 21hrs, no Teatro Ressurreição que fica na Rua Dos Jornalistas, 123, no Jabaquara. Os ingressos antecipados custarão R$ 20,00 e podem ser comprados no link: http://teatroressurreicao.com.br/preview/dude-e-mafia/
Atualmente formado por Dudé (vocal), Lennon Fernandes (baixo), Ed Navarrette (guitarra), Luiz Cazati (guitarra) e Sérgio Navarrette (bateria), a banda Dudé e a Máfia mergulhou de cabeça no velho e bom hard rock das décadas de 70 e 80, tudo temperado com uma pegada blues na medida certa e letras em português. A banda segue a estrada do rock desde 2013 produzindo seu próprio material.
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