Psicodelia do show do Tame Impala faz público viajar no Lollapalooza 2016

Flavio Leonel – do site Roque Reverso

Tame IMpala (FOTO: DIVULGAÇÃO/MROSSI)

Depois de anos visitando o Brasil em casas de shows fechadas e menores, o Tame Impala finalmente teve a oportunidade de se apresentar num grande festival. No Lollapalooza 2016, a banda australiana liderada pelo vocalista Kevin Parker tocou no sábado, dia 12 de março. De quebra, fez uma das melhores apresentações do festival realizado no Autódromo de Interlagos, ficou conhecido pela TV por uma imensa legião de expectadores e mais do que tudo: fez o público viajar com sua psicodelia envolvente.

Para os fãs que sempre acompanharam o grupo nos shows anteriores feitos em São Paulo, não havia tanta surpresa, mas, para quem ainda não conhecia os músicos, a reação no festival realizado no autódromo paulistano foi imediata.

O set list curto, de 13 músicas, foi bem menor do que a de shows realizados, por exemplo, no Cine Joia (2013) e no Audio Club (2014), onde o repertório chegou a 18 canções executadas. Contudo, a dose certeira foi o suficiente para mostra a qualidade da banda, que, para muitos, fez sua maior apresentação no País no Lolla.

Se pudesse ser classificado, o som do Tame Impala seria uma hipotética mistura de um Pink Floyd da fase Syd Barrett com uma roupagem indie bastante moderna. Ao vivo, as luzes piscantes e psicodélicas que vêm dos telões levavam o mais distante dos expectadores a uma experiência contemplativa marcante.

Com três álbuns de estúdio, o Tame Impala deu uma atenção especial ao terceiro e mais recente, "Currents", de 2015. Do total de 13 músicas tocadas, nada menos que seis eram do disco citado.

Logo após a música de introdução marcante tocada pelo grupo, "Let It Happen" tratou de cativar a plateia com uma série de efeitos psicodélicos nos telões e até uma chuva de papel picado que deixou o cenário ainda mais bonito.

O som, de ótima qualidade, pulsava no Palco Skol do Lollapalooza. Quem viu pela TV, apesar da melhora em relação a anos anteriores, não teve a exata noção das batidas geradas pelo Tame Impala.

Apesar de privilegiar o álbum "Currents", músicas do aclamado disco "Lonerism", de 2012, não ficaram de fora Foram os casos dos hits "Mind Mischief", "Elephant" e "Feels Like We Only Go Backwards", todos com reação incrível e imediata do público.

A faixa que fechou a apresentação foi "New Person, Same Old Mistakes", do "Currents". Ela ganhou em notoriedade depois que a cantora pop Rhianna fez uma versão da canção.