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Novo disco do Black Sabbath traz a banda com grandes riffs

Combate Rock

26/01/2016 17h00

Flavio Leonel – do site Roque Reverso

O esperado disco de despedida do Black Sabbath já chegou rapidamente a internet. O álbum já foi disponibilizado por abençoados fãs que assistiram aos primeiros shows da última turnê da banda e adquiram as edições limitadas que estão sendo vendidas nos shows. Para quem escuta as músicas novas, a conclusão é imediata: as faixas trazem o lendário grupo com riffs nervosos e fortalecem a imagem de uma despedida digna daqueles que são considerados os pais do heavy metal.

Como já havia sido noticiado na metade do mês de janeiro neste Roque Reverso, o disco final do Black Sabbath tem o nome de "The End", que é o mesmo nome da turnê de despedida. O álbum traz um total de oito faixas.

As primeiras quatro são de estúdio e não haviam sido aproveitadas no último álbum completo do Sabbath, o ótimo "13", que foi lançado em 2013. As quatro restantes são faixas ao vivo executadas na turnê de divulgação mais recente.

O CD "The End" conta com o trio clássico Ozzy Osbourne (vocal), Tony Iommi (guitarra) e Geezer Butler (baixo). A bateria, sem o quarto membro clássico Bill Ward, conta com Brad Wilk, do Rage Against The Machine, nas faixas de estúdio, tal qual foi visto em "13". As faixas ao vivo contam com Tommy Clufetos, tal qual foi visto durante a turnê.

O mago da produção Rick Rubin, que já havia cuidado de "13", foi o responsável pelas músicas de estúdio inéditas, que são, pela ordem: "Season Of The Dead", "Cry All Night", "Take Me Home" e "Isolated Man".

As faixas ao vivo, todas de abril de 2013, são, também pela ordem: "God Is Dead?", gravada em Sydney, na Austrália; "Under The Sun" (em Auckland, na Nova Zelândia); "End Of The Beginning" (gravada em Hamilton, no Canadá) e "Age Of Reason", captada também no mesmo show.

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Entre as inéditas, os riffs de Tony Iommi e a performance do espetacular guitarrista são o grande destaque e faz o fã de heavy metal entender o porquê deste músico ser tão respeitado e venerado por 10 entre 10 admiradores do instrumento de 6 cordas.

Numa constatação empolgante, mas, ao mesmo tempo preocupante, pode ser dito que as quatro músicas novas do Black Sabbath trazem qualidade musical superior à maioria das canções de rock de grupos novos que vêm dando gás ao estilo. Mesmo em relação a lançamentos recentes de outras bandas grandes do heavy metal, as faixas novas do lendário conjunto trazem algo mais e é difícil não começar a mexer a cabeça, seguindo os riffs matadores.

Até mesmo a voz de Ozzy, que vem dando claros sinais ao vivo de que a idade está influenciando, está bem captada em "The End". Geezer Butler, por sua vez, ataca com a agressividade de sempre o baixo.

O CD novo do Black Sabbath traz a arte de Shepard Fairey na capa. O Sabbath ainda vai contar com pôsteres de diferentes artistas para cada show da turnê.

As apresentações agendadas até o momento pela banda trazem na lista os Estados Unidos, o Canadá, países da Europa, além da Austrália e da Nova Zelândia. Nada de Japão, México e América do Sul, por enquanto.

No Brasil, o Black Sabbath passou em 2013 e realizou apresentações memoráveis em Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Na capital paulista, o show contou com cobertura do Roque Reverso e simplesmente hipnotizou os 70 mil fãs presentes no Campo de Marte.

Em 2015, Ozzy Osbourne fez sua passagem mais recente pelo País. Foi um dos headliners do Monsters of Rock, promovendo uma verdadeira festa na Arena Anhembi, em São Paulo, apesar dos claros sinais da voz cansada.

As faixas de "The End" estão no YouTube, mas não será surpresa se, por questões de direitos autorais, seja retirada da rede. Portanto, se o fã brasileiro quiser ouvir o disco sem ter que viajar para a turnê de despedida para comprar o exemplar, precisa correr.

O Roque Reverso se compromete a renovar o link do álbum novo todas as vezes que ele sair do ar. Por um respeito à história do heavy metal, o Black Sabbath deveria deixá-la online eternamente.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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