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Led Zeppelin encerra projeto e reedita últimos álbuns com material extra

Combate Rock

30/07/2015 19h56

Marcelo Moreira

Após dois anos, Jimmy Page conclui o projeto de remasterização com bônus e material supostamente inédito de toda a discografia do Led Zeppelin. Nesta sexta-feira, chegam às lojas as peças que faltavam: "Presence", "In through the Out Door" e "Coda".

"Presence" foi gravado em 1976 durante 18 dias em um estúdio de Munique. O álbum alcançou o número 1 nos Estados Unidos e no Reino Unido e contém clássicos como "Achilles Last Stand".

Em sua reedição, também terá faixas como a instrumental inédita "10 Ribs & All/Carrot Pod Pod (Pod)" – que nada mais é do que uma jam session em estúdio, com alguma pós-produção. Traz ainda remixes diferentes para músicas do álbum e "Two Ones Are Won (Achilles Last Stand)", que nada mais é do que um tale alternativo com ligeiras alterações da canção que abre o trabalho.

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"In Through the Out Door" foi lançado em 1979, que obteve seis discos de platina. Em sua reedição haverá novas versões de cada música e uma embalagem de papel marrom envolvendo o disco, como na edição original. Esse foi o último LP do grupo com o baterista John Bonham, que morreria em setembro de 1980.

O último disco oficial de Led Zeppelin, "Coda" (1982), foi elaborado com descartes de álbuns anteriores e partes ao vivo de músicas já gravadas, além de gravações feitas em ensaios e passagens de sons.

A nova versão, que agora sairá em dois discos (em determinados países, será tripla), contará com um material extra com até 15 faixas. Aqui sim, finalmente temos algumas raridades e coisas inéditas, ainda que bem abaixo do que se poderia esperar.

O material aqui nunca lançado são esboços de canções executadas em ensaios que foram habilidosamente transformadas em músicas pelo mago Jimmy Page, que fez uma grande cirurgia nas demos e fitas gravadas e encostadas ao final das sessões.

 

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"If It Keeps on Raining", "Desire", "Sugar Mama" e "St. Tristan's Sword" representam o material inédito, e que a bajnda fez muito bem em não editar oficialmente enquanto esteve na ativa. São músicas – ou esboços de músicas – bem abaixo do que banda produziu.

"Sugar Mama" é o destaque, pois foi gravada nos Olympic Studios de Londres em 1968, nas sessões do primeiro disco. A música ficou pronta, mas não tinha sido divulgada até então.

Entretanto, o disco extra traz coisas muito legais antes só editadas em caixas de CDs especiais ou em singles de tiragem limitada. É o caso de "Traveling Riverside Blues" e "Hey Hey What Can I Do", que saíram em um single nos anos 90.

A primeira é um clássico de Robert Johnson gravada em um programa da BBC de Londres no começo dos anos 70; a segunda é uma sobra de estúdio da mesma época, que perfeitamente poderia integrar os álbuns "House of the Holy" ou "Phisycal Graffiti".

"Baby Come On Home" é outra boa canção descartada, e que reapareceu em caixas especiais. Como "Hey Hey What Can I Do", tinha condições de estar em algum álbum de carreira. Provavelmente é o material extra mais interessante e raro publicado por Page em toda a série. Os três últimos volumes das reedições devem chegar ao mercado brasileiro ainda em agosto.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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