Foo Fighters esbanja competência em São Paulo. E mais nada
Henrique Neal – especial para o Combate Rock
Uma banda competente, mas conservadora, que entra com o jogo ganho e mantém o resultado. O Foo Fighters não precisa provar mais nada, ou assim pensam seus integrantes. No bom show de São Paulo, na última sexta-feira, o quinteto conduziu a apresentação sem nenhum sobressalto, mas também sem nada que o tornasse memorável.
Completando 20 anos de estrada e atraindo multidões aos estádios, o grupo entrou no seleto grupo dos grandes da atualidade. Quem consegue atrair 55 mil pessoas nos dias de hoje, com ingressos caríssimos? U2, Rolling Stones, Metallica, Rush, Paul McCartney, talvez Kiss e Van Halen…
Quem diria que o pavoroso Nirvana pudesse originar algo de boa qualidade, e o Foo Fighters faz questão de demonstrar suas virtudes e colocar tudo para cima, em, um espetáculo bem pensado e calculado, usando a experiência para tocar e agradar por quase três horas.
O show agradou a maioria, mas ficou a sensação de que ficou faltando alguma coisa. Talvez o fato de ser uma banda sem tanta devoção como alguns dinossauros do rock clássico ou do heavy metal explique um pouco a questão: por ser uma banda grande nos dias de hoje, faltou aquele momento de celebração. Faltou um ápice.
"Something for Nothing", do mais recente álbum e que abriu o show, é bom rock de arena e agitou bastante o público. Houve desfile de hits, sim, como "There Is Nothing Left to Lose", "Learn to Fly", "My Hero" e a bela versão de "The Pretender." "Breakout" foi outro bom momento, assim como "Cold Days in the Sun". E não há como reconhecer que "Best of You", "These Days" e "Everlong" são rocks explosivos que funcionam ao vivo.
Então por que não foi um daqueles momentos memoráveis do rock no Brasil? Porque o Foo Fighters ainda não é memorável, por mais que se comporte como uma banda típica de classic rock (no bom sentido) e que tenha uma preocupação genuína em entreter e se divertir, ao contrário da arrogância plástica e artificial de uma apresentação do Oasis, por exemplo.
O público curtiu, aplaudiu e até venerou a banda em alguns momentos, e principalmente, louvou Dave Grohl. Mas faltou aquela celebração que só as bandas gigantes parecem carregar de forma inerente. Foo Fighters sempre será um bom espetáculo, interessante do ponto do vista musical, mas deveria entregar algo a mais, já que arrasta mais de 50 mil pessoas por show.
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