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Novo álbum de Joe Bonamassa chega ao Brasil neste final de semana

Combate Rock

18/09/2014 07h05

Marcelo Moreira, com equipe Combate Rock

O nerd da guitarra bateu um "recorde negativo": ficou mais de seis meses sem lançar algo novo. Depois de "live in Amsterdam", em fevereiro, um DVD que traz show ao lado da cantora Beth Hart, Joe Bonamassa acaba de lançar o CD  "Different Shades of Blue". O álbum, que chega às lojas brasileiras ao mesmo tempo que nos Estados Unidos e na Europa, tem edição nacional viabilizada pela selo/gravadora Voice Music, que vai vendê-lo já neste fim de semana, no estande da Total Guitar na Expomusic, e também na Galeria do Rock, em São Paulo.

Este é o primeiro álbum de estúdio de Bonamassa em dois anos e o primeiro álbum de sua carreira apenas com material próprio,  o que o deixou um pouco nervoso, segundo seu diário na internet, em seu site oficial. O resultado é um registro com mais de um lado experimental do que nos álbuns anteriores.

"Para mim, é um disco de blues que explora os limites exteriores e os muitos sons diferentes que moldam o gênero. Há um bom tempo que eu venho me envolvendo na composição de um álbum inteiro. Então eu decidi que queria fazer um álbum de blues completamente original. Eu realmente tive que me esforçar para fazer tudo o que faço, e melhor do que o último projeto. Eu sei que os fãs esperam. E eu sinto que devo isso aos fãs para dar-lhes um registro próprio depois de todos esses anos", afirmou o guitarrista em depoimento divulgado pela Voice Music e por seu selo nos Estados Unidos, J&R Adventures.

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Gravado no estúdio The Palms, em Las Vegas, "Different Shades Of Blue" foi produzido por Kevin Shirley (Black Crowes, Aerosmith, Led Zeppelin). Para complementar o estilo de guitarra assinatura de Bonamassa e vocais, Shirley reuniu um grupo de músicos, incluindo Reese Wynans (órgão, piano), Carmine Rojas (baixo), Michael Rhodes (baixo), Anton Fig (bateria, percussão), Lenny Castro (percussão), Lee Thornburg (trompete, trombone), Ron Dziubla (saxofone), a Orquestra Bovaland (cordas) e Doug Henthorn e Melanie Williams (backing vocals).

Aos 37 anos, se tornou o principal nome do blues rock da atual geração, superando os então gênios precoces Jonny Lang, Kenny Wayne Shepherd e Derek Trucks, que apareceram com tudo nos anos 90, mas não estouraram como se esperava, e nem perto chegaram de aranhar o legado de Stevie Ray Vaughan. Bonamassa é o que mais chega perto disso.

Já teve músicas que ficaram seis meses no topo das paradas da revista norte-americana Billboard, no segmento blues, como "From the Valley", "Happier Times", "Lonesome Raod Blues" e a faixa-título, e serviu de base para a pedrada que veio em seguida, "Black Rock", de 2010, mais orientado para o hard rock e para o blues pesado.  Foi "Black Rock" , de 2010, o ponto de partida para a criação do Black Country Communion, com Glenn Hughes, Derek Sherinian (teclados, ex-Dream Theater) e Jason Bonham (filho de John Bonham, do Led Zeppelin, na bateria).

Os últimos três anos foram intensos para o guitarrista: seis lançamentos com o seu nome chegaram ao mercado.  Na carreira solo, lançou  "Black Rock" em 2010,  "Dust Bowl" no começo de 2011 e o excelente "Don't Explain" em agosto do mesmo ano, em parceria com a cantora de pop/blues Beth Hart revisitando clássicos do jazz, do próprio blues e da música gospel. 

Não bastasse isso, ainda teve tempo no período de gravar e lançar quatro álbuns coma  banda de hard rock Black Country Communion (ao lado do baixista e vocalista Glenn Hughes, ex-Deep Purple), com pegada dos anos 70, mesclando Led Zeppelin (uma paixão de Bonamassa), blues pesado à la Humble Pie e soul music e funk bem ao gosto de Glenn Hughes.

A banda não existe mais, já que priorizou a sua carreira solo, com mais um álbum em 2013, "Driving Towards the Daylight", outro com Beth Hart – "Seesaw" -, dois DVDs ao vivo – "Live at the Beacon Theatre" e "An Acoustic Evening at the Vienna Opera House", dos também em CD – e um álbum de funk com a banda Rock Candy Funk Party.

"Workaholic? Não, apenas gosto de tocar. Não gosto de desperdiçar tempo jogando golfe ou olhando a paisagem em uma fazenda qualquer. Tempo é música", disse Bonamassa antes do show histórico em Nova York em 2012. E ele tem toda a razão.

Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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