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Tony Allen, 1940 - 2020

Maurício Gaia

04/05/2020 15h00

Se, para muitos, Fela Kuti foi o criador do afrobeat, Tony Allen foi o motor.

Certa vez, Brian Eno disse que só havia três ritmos revolucionários que valiam a pena se discutir: o funky beat de Clyde Stubblefield (lendário baterista de James Brown), a batida "motorik" desenvolvida por Klaus Dinger (Neu!) e a combinação entre jazz, música yoruba e highlife, criada por Tony Allen.

Allen, nascido na Nigéria em 1940, morreu quinta-feira, em Paris, aos 79 anos. Autodidata, começou aos 18 anos, sob inspiração de bateristas como Art Blakey e Max Roach. Depois de tocar em diversas bandas de highlife, iniciou em 1964 sua colaboração com Fela Kuti, com quem desenvolveu o "afrobeat".

Essa parceria durou vinte e seis anos, com quarenta álbuns gravados. Durante parte deste período, assumiu a direção artística da Africa 70, banda de apoio de Fela Kuti.

Inovador, o trabalho realizado por ambos chamou a atenção de bateristas como Ginger Baker, com quem realizou shows e gravações.

Depois de ter trabalhado com Fela Kuti, passou a incorporar elementos de música eletrônica, dub e rap. A essa mistura sonora, ele referia como afrofunk.

Allen também colaborou com artistas como King Sunny Adé, Manu Dibango, Paul Simonon (The Clash), Damon Albarn (Blur) e Flea (Red Hot Chilli Peppers) e foi considerado por muitos como "o maior baterista vivo".

Tony Allen morreu quinta-feira passada (30/04), em Paris, onde vivia, aos 79 anos. A causa de sua morte foi o rompimento de um aneurisma na aorta.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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