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Neil Peart: aprendendo sempre, com a busca incessante da excelência no jazz

Combate Rock

12/01/2020 12h00

Marcelo Moreira

Na sua paixão pela bateria, Neil Peart, o gênio do Rush morto aos 67 anos de idade, não se contentava em ser inspiração para instrumentistas de todo o planeta e de todos os níveis. Ele tinha necessidade de ser inspirado e buscava o aprimoramento constantemente.

Por isso surpreendeu o mundo quando o mundo do rock soube que voltaria a ter aulas de bateria nos anos 90 – logo ele, eleito diversas vezes baterista número um por fãs e músicos em diversa votações.

Em 1994, Peart tornou-se amigo do renomado músico e professor Freddie Gruber, nome importante do jazz contemporâneo. Foi durante esse tempo que ele decidiu renovar seu estilo de tocar, incorporando componentes do swing e do próprio jazz.

Gruber foi também responsável por introduzir ele a produtos da Drum Workshop, a companhia que fornece os produtos da bateria de Peart.

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Em entrevista ao site da Rolling Stone no começo desta década, Peart foi humilde e explicou os motivos pelos quais ainda estuda.

"O que é um mestre senão um estudante? É preciso aprimorar e explorar as possibilidades em sua profissão. Estou nessa posição e certamente não a subestimo. Consegui ser um baterista profissional. Consequentemente, há a responsabilidade de me dedicar a isso o tempo todo, mesmo quando não estou em turnê. Preciso me manter em forma. É uma alegria e sou grato por isso", disse.

Ele retomou as aulas com algns professores canadenses e norte-americanos e manteve isso ao longo de pelo menos 15 anos após a decisão.

Uma das consequências foi mergulhar novamente no jazz e produzir/bancar dois CDs maravilhosos de jazz. Reuniu uma banda espetacular e convidou váriuos bateristas amigos para executar canções em homenagem ao mestre Buddy Rich.

"Burning for Buddy – A Tribute to the Music of Buddy Rich" é um monumento ao bom gosto e à inteligência musical, desde a recriação detalhada das músicas da orquestra do mestre até os arranjos criados e recriados pelos bateristas convidados – gente como Dave Weckl, Gregg Bisonette (Dave Lee Roth Band), Simon Phillips (The Who e Judas Priest), Marvin "Smitty" Smith, Steve Smith, Bill Bruford (Yes e King Crimson) e muiutos outros.

É esse tributo que eu gostaria de ressaltar e relembrar aqui neste Combate Rock para mostrar a importância de Neil Peart para a música popular, seja no jazz, seja no rock, seja como músico inspirador, seja como aluno que fazia questão de levar a música boa e excelência ao mundo todo.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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