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Rápido panorama do metal nacional - 37

Combate Rock

22/11/2019 17h00

Marcelo Moreira

– Neuro Ruptura – É metalcore, mas é thrash, mas também é punk. "2k18" é uma mistura interessante de sons e estilos, temperada com canções com letras em português bem acima da média. Tem gente que se surpreendeu por achar que era uma das poucas bandas a fazer algo como um new metal em português. Seja como for, álbum está recheado de boas idéias. As melhores músicas são "Minha Paz" e "Nunca Mais Errar".

– Kryour – Uma estreia imponente e estrondoda. O Kryour, banda de São Paulo, espantou ao ousar buscar sonoridades diferentes e distintas dentro de um subgênero saturado e, de certa forma, engessado. "Where Treasures Are Nothing" é uma coleção de músicas pesadas e densas, com uma preocupação obsessiva com detalhes e arranjos bem elaborados. Ora death metal, ora thrash, os garotos não hesitam em cair de cabeça em passagens progressivas, como "Falling in Oblivion", sendo que o peso predomina em canções ótimas como "Restless Silence". A banda é muito promissora.

– Great Vast Forest – O som remete às escuras e geladas florestas da escandinávia, mas a origem é Lages, em Santa Catarina. Nome proeminente do black metal brasileiro no início do século, o Great Vast Forest só agora lança o segundo álbum, "From the Dark Times to Black Metal Legions". O grupo mantém um pé no passado, mas seu som é poderoso e interessante, fazendo referência direta ao metal norueguês. É pesado e extremo, mas muito intrincado, com passagens de metal progressivo. "Memories in the Fire" é o destaque.


– Imperador Belial – Banda carioca que chamou a atenção quando lançou o seu primeiro CD, mas demorou cinco anos para colocar no mercado esse "Curse of Belial". Não é algo revolucionário, mas é um black metal "clássico", digamos assim, com todos os elementos do suggênero extremo. Sobra competência e talento na elaboração dos arranjos e na execução de alguns arranjos inusitados, como em "Emperor Belial" e na empolgante e extrema "Morbid Rites".

– Tublues – Banda clássica executando um rock clássico com competência. "Vinte" é um resumo bom da carreira desses veteranos músicos, que agregam elementos variados de uma gama imensa de referências do rock dos anos 60 e 70, inclusive do Brasil. "Geração Mimimi", com seu tema bem atual, e "Blues das Onze", um instigante blues rock, são os destaques.

– Last Lover – "I'm Alive" é bem feito e traz canções boas, mas abusa do tradicionalismo. É hard rock pegajoso com riffs pegajosos, mas carece de um pouco mais de peso nas guitarras. Entretanto, agrada pela boa escolha de timbres de guitarra e com a bateria colocada em um lugar correto. "Find Out to Rocn'n'roll" e "I'm Alive" são os destaques.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
Contato: contato@combaterock.com.br

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