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Ex-integrantes do Jethro Tull tocam em tributo à banda no Brasil em 2020

Combate Rock

13/11/2019 17h00

Marcelo Moreira

Martin Barre (esq.) e Barriemore Barlow, ex-ntegrantes do Jethro Tull (FOTO: MONTAGEM CO FOTOS DE DIVULGAÇÃO)

Praticamente no mesmo dia em que Ian Anderson anunciou que sua versão do Jethro Tull voltará à ativa para 11 shows na Inglaterra, antigos integrantes do grupo decidiram também comemorar os 50 anos de carreira do grupo com shows pelo mundo – uma espécie de tributo a eles mesmo.

É algo parecido coom o Creedence Clearwater Revisited ou Dire Straits Legacy, que já passaram pelo Brasil pelos últimos anos.

O que espanta é a presença de Martin Barre, guitarrista que esteve por mais de 40 anos no grupo. Substituiu (Black Sabbath) no finla de 1968 e ficcou até 2012, quando Anderson decidiu acabar com a banda e seguir carreira solo, mas utilizando o indefectível nome Ian Anderson's Jethro Tull.

Ao que parece, Barre não digeriu o fim do grupo e a nova encarnação. Tocando por diversão em alguns botecos da Inglaterra – lançou um disco de blues gravado ao vivo no ano passado -, aceitou uma proposta estranha para integrar um tributo a ele mesmo ao lado de Barriemore Barlow, baterista do Jethro Tull entre 1971 e 1980.

O grupo trubito anunciou que se apresentará em três cidades brasileiras em março de 2020: São Paulo (5/3), Curitiba (6/3) e Rio de Janeiro (8).

O show na capital paulista acontece no Espaço das Américas, com o luxuoso apoio do tecladista Adam Wakeman – filho de Rick Wakeman e ex-integrante das bandas de apoio de Ozzy Osbourne e Black Sabbath. Em Curitiba, a apresentação é no Tork N' Roll e o Rio de Janeiro recebe o grupo no Vivo Rio.

Entretanto, a grande atração é Martin Barre, um instrumentista de formação jazzística que mergulhou no blues e no folk pra dar uma cara completamente originl ao rock progressivo do Jethro Tull.

Foi a escolha óbvia e imediata para substituir Tony Iommi, então um guitarrista esquisito de Birmingham que tinha sido convidado a entrar no lugar do inquieto e inseguro Mick Abrahams, o instrumentista da formação original.

O fuindador do Black Sabbath, então Earth em 1968, não via futuro em sua banda e aceitou, meio a contragosto, o emprego no Jethro Tull.

Entretanto, não durou mais do que 20 dias. Com saudades dos amigos do Earth e irritado com o comportamento de Anderson – não bebia, não se integrava com o resto da banda e exigia uma rígida, exigente e espartana rotina de trabalho -, Iommi percebeu que estava no lugar errado.

Quando o grupo gravou o especial de TV "Rock and Roll Circus", dos Rolling Stones, no comecinho de dezembro de 1968, Iommi já tinha avisado que passaria o Natal em casa e não voltaria.

Barre era prativcamente a única – e certeira – opção e aceitou prontamente o cargo, sendo responsável pela gravação de quase todos os álbuns do Jethro Tull – sõ não participou de "This Was", o primeiro, de 1968.

Sobre Barriemore Barlow, é srpreendente que tenha aceitado participar desse projeto. Substituto do correto e lunático Clive Bunker, seu jeitro disciplinado e preciso também agradou ao chefe.

Depois da fase progressiva intensa, na primeira metade dos anos 70, seu som ficou mais pesado e agressivo ao vivo, empurrando a banda para outro patamar, coincidindo também com uma fase mais hard de Barre.

Quando deixou o grupo, em 1980, passou por algumas bandas naquela década e se tornou um músico de estúdio requisitado, atuando também como produtor, mas acabou sumindo do mapa.

As reações nas redes sociais foram de chacota e de incredulidade, com muita gente reclamando que Jethro Tull sem Ian Anderson não é Jethro Tull.

Está correto, mas vale a correção. Em nenhum momento Barlow e Barre disseram que se  tratava de uma versão do Jethro Tull. Sempre ficou claro que eram apenas dois ex-integrantes fazendo um tributo à banda que lhes deu fama.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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