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Metal nacional toma conta do Rock in Rio com Torture Squad e Claustrofobia

Combate Rock

04/10/2019 19h09

Marcelo Moreira

Marcos D'Angelo, do Claustrofobia (FOTO: DIVULGAÇÃO)

A peste chegou e contaminou o palco Sunset do Rock in Rio. A missão era complicada depois que a Nervosa quebrou tudo na abertura, mas o Claustrofobia no mínimo igualou as "minas" na intensidade.

O trio paulistano desfilou violência com seu thrash/death metal em português e agradou em cheio – na verdade, surpreendeu muita gente.

Com larga experiência internacional e um respeito absurdo dentro do metal nacional, o grupo estraçalhoue explodiu tudo como se tivesse jogado uma granada na galera.

E foi "Pino da Granada" o ponto alto da apresentação, poderosa e estridente, com sua mensagem de protesto e de devastação, assim como o clássico "Peste", que se espalhou como fogo para um público gigante. Marcos D'Angelo, o guitarrista e vocalista, despejou uma torrente de violência poucas vezes vistas em uma edição do festival.

A explosão continuou no show seguinte, quando o Torture Squad, também paulistano, recebendo como convidados especiais Chuck Billy (vocalista do Testament) e os integrantes do Claustrofobia.

"Blood Sacrifice", um dos grandes momentos do mais recente álbum dos paulistanos, já mostrou uma mudança significativa: o death melódico dava as caras e apresentava em rede mundial um demônio de cabelos vermelhos chamado Mayara Puertas, que também gosta de ser chamada de May Undead.

O vocal tenebroso e poderoso chacoalhou o ambiente, dexiando parte do público estupefato quando a moça de traços delicados soltou os demônios.

A coisa ficou mais destrutiva quando mandaram uma música antiga, "Horror and Torture", clássico dos anos 2000 revitalizado com uma pegada pesada e moderna na guitarra de Renê Simionato, um monstro durante toda a apresentação.

Com Billy e os amigos do Claustrofobia em cena, a coisa sde voltou para a Bay Arfea, de San Francisco, e tudo ficou tão pesado quanto se o Testament, a banda do cantor norte-americano, estivesse na área.

Era a celeberação máxima de um metal tipo underground, mas tão forte e persuasivo que ficva impregnado no cérebro, como a maravilhosa "Electric Crown", um hino de inspiração oitentista que é uma típica representação do thrash metal.

Chuck Billy é uma daquelas forças da natureza que desmontam qualquer preconceito ou expectativa a respeito de um show de música extrema. Sua voz rouca e potente é assustadora e demole qualquer ambiente, além de irradiar violência como nunca.

"Disciplines of Wrath" deu continuidade à devastação sonora, servindo como uma bela introdução para p clássico histórico do Testament "Practice What You Preach", que causou tumulto considerável em um público enlouquecido.

A ótima receptividade das bandas brasileiras suscitou pedidos na internet para que o Rock In Rio de 2021 invente um palco paralelo apenas para artistas nacionais do metal.

Exagero? Talvez, mas isso mostra o nível da aceitação que os grupos nacionais estão obtendo atualmente, algo que pode ser considerado surpreendente dado o histórico recente de desprezo por parte de um público supostamente mais exigente.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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