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Comentários aleatórios sobre o Rock in Rio - parte 4

Combate Rock

04/10/2019 14h06

Marcelo Moreira

Chad Smith, do Red Hot Chili Peppers (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Uma quinta-feira protocolar, com alguma animação e um cheiro grande de "já vimos isso de novo e não faz\ muito tempo". Com predomínio do hip hop e outras tendências nos palcos paralelos, só teve rock mesmo no palco Mundo.

– Frequentadores habituiais Rde festivais brasileiros, os integrantes do Red Hot Chili Peppers não poderia mesmo apresentar na da de novo no Rock in Rio – e não se esforçaram nem um pouco para mudar esse panorama. Fizeram o de sempre, e bem, para um público pouco exigente e que se satisfez com a apresentação dançante. Se em edições anteriores a banda foi arrebatadora, desta vez não arrancou grandes suspiros, mas deixou claro que é um dos nomes importantes do classic rock atual. O som é poderoso e a performance, irrepreensível. É engraçado como ainda tem gente que se surpreende com a performance do baixista Flea e manifesta isso nas redes sociais, passando um pouquinho de vergonha. Entretanto, é o baterista Chad Smith que encanta com sua musicalidade e eficiência.

– Quem mostrou um poder de renovação foi o Capital Inicial, em um show mais pesado do que o habitual e tocvando com "sangue nos olhos". Um pouco mais contido com relação a discursos políticos, o cantor Dinho Ouro Preto mandou o seu recado mesmo assim, chamando o Brasil de "país dos moderadores", cobrando uma atitude um pouco mas "forte" em relação a vários absurdos cotidianos de nossa nação infeliz. Uma performance interessante e que surpreendeu quem esperava mais do mesmo.

Nile Rodgers é um mestre dos palcos e da música e mandou muito bem com sua versão do Chic. São mais de 40 anos de música maravilhosa e muito groove. Seu funk envenenado e balanço impecável (esse termo denuncia a idade!!!) transformou a plateia em uma imensa pista de dança. Mesmo veterano, não é conhecido do grande público no Brasil, mas isso não o impediu de fazer um show bem bacana.

– A banda Panic! At the Disco deveria ser considerada uma curiosidade nesta noite de som dançante e pop, mas ganhou a noite com uma performance de muita energia. Se lhe falta grandes hits planetários, sobra intensidade e competência para garantir uma boa apresentação. Acabou se encaixando bem no elenco do dia, embora tocar depois de Nile Rodgers seja um sacrilégio.

– Nos demais palcos, tivemos a banda indie francisco el hombre causando ao se divertir com xingamentos contra o presidente Jair Bolsonaro (PSL). Como esse tipo de manifestação tem chamado cada vez menos a atenção – o que tem um lado bom nesta história -, restou aos integrantes tentar fazer música interessante, coisa que até fazem em palcos menores. No entanto, parece que nao funcionou muito bem no Rock in Rio, infelizmente.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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