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Sem tempo a perder: Laika Não Morreu! mostra ambição e entusiasmo

Combate Rock

16/07/2019 06h33

Marcelo Moreira

Laika Não Morreu! (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Uma banda nova, com gás e entusiasmo, mesmo em um cenário não tão favororável. Situação bastante comum desde sempre, ainda mais em um país onde o rock dixou de ser uma das forças motoras do pop.

Então o que diferencia o quinteto Laika Não Morreu! de milhares de outras bandas que tentam superar as barreiras normais do mercado?

"Todo mundo quer fazer sucesso, e sucesso hoje é fazer com que o máximo de pessoas ouçam nossa música. É o que pretendemos. É o que todos querem. Se a gente não acreditar, o que estamos fazendo aqui?", diz a sorridente Gisele Lira, cantora com participação elogiada no reality show "The Voice Brasil", da TV Globo, em 2018.

Laika Não Morreu! (nome que remete à cachorrinha russa que foi o primeiro ser vivo a ser lançado na orbita terrestre em um foguete, em 1958) ainda está em busca de seu som, uma sonoridade que aponte para o futuro mas ue mantenha as características do background de seus músicos.

O primeiro single, o psedado "Eu", mostrava uma tentativa de colocar as guitarras na frente, com afinações mis baixas e um baixo gordo e pulsante.

O segundo, "Levante", lançado há poco tempo, traz mudanças importantes, com uma orientação mais pop e as experiências mais adiantadas com elementos eletrônicos.

"Imaginamos que essa seja a orientação a seguir, atingindo uma sonoridade mais moderna e conectada com a nossa realidade. É rock, só que bem mais expansivo e buscando novas possibilidades", comenta o guitarrista Thiago Correli.

A galera é ambiciosa, pois mira bandas importantes no cenário internacional, como os britânicos do Muse. A bagagem musical de Gisele também conta, já que ela consegue ser versáril ao encarar diferentes matizes.

Emprestando um feeling muito pessoal, ela vai de Amy Winehouse a Ariana Grande, passando por Paramore e, em alguns momentos, dando pitadas de Evanescence, como s epode observar nas versões que gravou e colocou em seu canal no YouTube.

A exposição no reality show televisivo costuma ser uma maldição para alguns participantes, mas não para Gisele. "Fou uma experiência interessante e importante, fiquei mais conhecida e tive um reconhecimento que é engrandecedor. Contribuiu para que os meninos chegassem até mim e evoluíssemos como banda em apenas um ano juntos."

Com desenvoltura e bom humor, a moça compreende plenamente o momento dela e da banda. Como artista de rua, está topando as paradas que aparecem, exatamente o que banda precisa. "Há uma grande disputa por espaço e muita gente boa fazendo música. E as possibilidades que surgem não podem ser desprezadas.

Correali diz que o quinteto está consciente diante dos desafios de se fazer música autoral no século  XXI, em que as maneiras de ouvir e de consumir são diferentes e a própria música não tem mais aquele valor que tinha, por ser de muito fácil acesso, seja de graça oupor valor irrisório.

"Para um artista não importa a maneira como as pessoas vão ouvir ou como você vai disponibilizar. Ele precisa é expandir seus horizontes e levar a sua música para as pessoas ouvirem. Se hoje ficou mais complicado por um lado, está mais fácil de outro diante das novas tecnologias que surgem e que facilitam a vida de todos. Estamos adorando tudo isso e a tecnologia é uma grande aliada", diz o guitarrista.

Com as coisas correndo tão rápido, a Lika Não Morreu! prenede nao perde tempo: já está produzindo o álbum de estreia e quer colocar a novidade no mercado ainda neste ano.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

Sobre o Blog

O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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