Blondie é a garantia de explosão na pista do Popload Festival
Combate Rock
14/11/2018 06h56
Marcelo Moreira
Muita gente quis enquadrar a banda na chamada new wave pós-punk da virada dos anos 70 e 80. Mas como, se aquela loirinha ex-coelhinha da playboy já cantava bem antes, com sua banda pop?
Enquadramentos pouco significam em muitos casos do rock, e o caso banda Blondie é um desses, com a incônica vocalista Debbie Harry em êxtase mostrando uma nova cara para o pop rock transbordante de talento e alegria.
E é justamente a alegria que caracterizava o quarteto naqueles movimentados anos 70, em que disco music e punk rock disputavam as atenções da juventude antenada.
"Call Me" foi a principal música da munda por um período, com sua urgência exalando a perfeição pop por excelência e transformando sua cantora em um estrela cobiçada de um mundo ávido por novos (e rápidos) ídolos, ainda que efêmeros.
Quarenta anos depois e vários hiatos no currículo, o que esperar de uma banda que se tornou cult, mas que ainda mostra fôlego para encarar palcos mais modestos, mas fervilhantes?
O que esperar de uma veterana cantora pop que exalava sexualidade, mas que hoje, á beira dos 70 anos de idade, luta com eficiência e inteligência para manter a integridade musical?
Blondie é a principal atração do Popload Festival, que ocorre neste dia 15 de novembro no Memorial da América Latina, na zona oeste de São Paulo.
No imaginário de quem gosta de rock e vive à procura de novidades, a banda de Debbie Harry é uma novidade nos palcos brasileiros, ainda que tenha sido criada há 45 anos.
É daqueles chamados shows imperdíveis, com uma banda que fez história no rock e que, na maioria das vezes, remete a coisas boas de uma época efervescente e prolífica musicalmente.
E, sejamos sinceros, é talvez o grande motivo para que alguém saia de casa para ir ao festival, que sempre se caracterizou como vanguardista, com uma curadoria artística mais ousada do que a do Lollapalooza Brasil, por exemplo.
A banda MGMT é outra opção internacional, mas sem grande apelo roqueiro, embora seja um grupo que procura fazer coisas diferentes. Lorde? É uma boa cantora, com um trabalho eficiente, mas alicerçado na música eletrônica, o que tira qualquer brilho que eventualmente sua música tenha.
Entre os brasileiros, me parece que Mallu Magalhães e Tim Bernardes, guitarrista e vocalista da banda O Terno, estarão deslocados, ainda que tenham um bom público entre os alternativos.
Resumindo, Blondie na cabeça. Vá sem medo e sem dó e curta esse grande revival dos anos 70 e 80.
Nos intervalos dos últimos shows, Céu e Tropkillaz, Liniker e O Terno farão uma jukebox ao vivo, tocando músicas escolhidas pelo público.
SERVIÇO:
Popload Festival 2018
Data: 15 de novembro
Horário: A partir das 11h (abertura dos portões)
Local: Memorial da América Latina (Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 – Barra Funda – São Paulo)
Valor: Pista – 1º lote [R$ 180 (meia-entrada) e R$360 (inteira)]; 2º lote [R$ 205 (meia-entrada) e R$ 410 (inteira)]; 3º lote [R$ 225 (meia-entrada) e R$ 450 (inteira)]; Pista Premium – R$ 375 (meia-entrada) e R$ 750 (inteira).
Ingressos: Ticketload
Sobre os Autores
Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.
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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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