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Aretha Franklin: mais do que uma diva, uma inspiração

Combate Rock

15/08/2018 06h30

Marcelo Moreira

Aretha Franklin (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Muita gente da geração que começou a se interessar por música por volta de 1980 conheceu o blues, o rhythm & blues e um pouco de jazz graças ao extraordinário filme "The Blues Brothers" ("Os Irmãos Cara-de-Pau" em português", de 1980.

Foi ali que muitos garotos tiveram contato com Ray Charles, John Lee Hooker, Matt Murphy, Steve Cropper e com uma cantora já veterana que emanava blues.

Aretha Franklin teve participações curtas neste filme e na sua continuação, "Blues Brothers 2000", mas foi responsável pelos momentos musicais mais engraçados e interessantes das duas películas, cantando e dançando em "Think" e "Respect", respectivamente.

Assim como todo o primeiro filme, a imagem de Aretha era icônica porque conferia leveza e refresco a uma comédia dramática e acelerada. O clichê é altamente válido: ele doava a sua alma em cada interpretação de canções de rhythm & blues e soul music.

É uma daquelas artistas que, quando entram em qualquer ambiente ou palco, preenchem completamente com sua presença onipresente e sua voz trovejante e poderosa – algo semelhante ao que ocorria com cantoras como Elis Regina e Clara Nunes, para situar o tamanho da imponência de sua figura.

Infelizmente a situação não é boa e a família da cantora negra de 76 anos divulgou uma informação nas redes sociais de que o estado de saúde da diva é muito grave em consequência de sua luta contra um câncer.

Alguns veículos apressados já anunciaram a morte dela na noite de terça-feira, 14 de agosto, mas Aretha Franklin ainda segue resistindo.

Ao lado de gente como o guitarrista Buddy Guy, ela é uma das últimas representantes da geração de ouro do blues e da soul music.

Como cantora, não são poucos os que a consideram a maior, mesmo numa seara que já teve Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Sharon King e Sarah Vaughan. Simboliza uma era e um gênero, o que não é pouco.

Nenhuma homenagem é suficiente para demonstrar o tamanho de sua importância como escreveu o guitarrista e vocalista do Kiss, Paul Stanley, nas redes sociais. "Nunca haverá outra Aretha Franklin e somente aqueles que foram inspirados por ela sabem que será impossível."

 

 

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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O Combate Rock é um espaço destinado a pancadarias diversas, com muita informação, opinião e prestação de serviços na área musical, sempre privilegiando um bom confronto, como o nome sugere. Comandado por Marcelo Moreira e Mauricio Gaia, os assuntos preferencialmente vão girar em torno do lema “vamos falar das bandas que nós gostamos e detonar as bandas que vocês gostam..” Sejam bem-vindos ao nosso ringue musical.
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