Ian Paice, o mestre do ritmo do Deep Purple, faz 70 anos
Combate Rock
30/06/2018 07h00
Marcelo Moreira
Louvemos a classe dos 70's. A chamada teceira geração do rock chega às sete décadas de vida em situação privilegiadas, ainda tocando e encantando. Robert Plant (Led Zeppelin), Ozzy Osbourne e Tony Iommi (Black Sabbath) e Brian May (Queen) são alguns que brilham aos 70 anos de idade. Agora é a vez do mestre Ian Paice, o baterista fundador do Deep Purple.
Um dos mais admirados instrumentistas do rock, invejado por sua versatilidade e noção precisa de tempo, transformou o som do Purple com groove e levadas jazzísticas, imprimindo uma marca inconfundível em seu som.
Se o guitarrista Ritchie Blackmore tinha no tecladista Jon Lord a grande referência musical na condução do Deep Purple, era em Paice o que irascível líder depositava a solidez sonora do quinteto. O álbum ao vivo "Made in Japan", de 1972, é a melhor amostra de tal consideração.
E o que dizem então seus parceiros rítmicos no Deep Purple? O baixista Roger Glover foi o que mais termpo tocou com ele e só é elogios ao parceiro de mais 40 anos de carreira. "É um baterista dos sonhos. Por mais que seja excelente e virtuoso, ele facilita as coisas. Além de ensinar, arredonda e mostra os caminhos", disse em entrevista a uma revista inglesa nos anos 2000.
Glenn Hughes, o fantástico vocalista e baixista que substituiu Glover em 1973 no Deep Purple, tinha até mais afinidade.
"Quando o som do Purple ficou mais jazzy, mais funky e grooveado, a facilidade com que Paicey [apelido do baterista] se adaptava era assustadora e irritante. Sempre disposto e sempre a postos, era a pedra que solidificava a chamada Mark III do grupo", afirmou o músico em sua autobiografia.
Elogiado e admirado por todos, um monstro do groove e capaz de estraçalhar no rock, no jazz, no blues e no funk, Ian Paice chamou a atenção desde sempre do Olimpo do pop.
E foi ele o baterista escolhido por Paul McCartney para tocar em um evento especialíssimo do ex-beatle, a gravação em CD e DVD de um show no mítico Cavern Club, em 1999, que contou com o mago David Gilmour (Pink Floyd) na guitarra solo.
As preferências das listas de melhores de todos os tempos normalmente exaltam John Bonham (Led Zeppelin), Keith Moon (The Who), Carl Palmer (Emerson, Lake & Palmer), Ginger Baker (Cream) e alguns outros, deixando de lado Paice, Ringo Starr (Beatles) e Charlie Watts (Rolling Stones). Questão de gosto e afinidade. No entanto, vasculhe as tais listas e perceba que Ian Paice sempre estarám entre os cinco melhores.
Aos 70 anos, ele mostra vitalidade e enrgia para manter o trem nos trilhos com o Deep Purple, que deve parar de fazer turnês em 2019.
Cansado? Paice disse que sim algumas vezes nos últimos anos. Só que, por outro lado, faz questão de dizer que continua amando tocar com Glover, Ian Gillan (vocais), Steve Morse (guitarra) e Don Airey (teclados). "Será que ficarei em casa apenas lembrando dos velhos tepos?", disse brincando em entrevista na penúltima vez em que esteve no Brasil.
Sobre os Autores
Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.
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