– Final Disaster – "The Darkest Path" – Muita versatilidade é virtude para alguns, mas pode ser um pesadelo para outros. A banda Final Disaster, de São Paulo, amontoou referências e seu mais recente trabalho e obteve bons resultados em algumas músicas, mas em outras faltou foco. O álbum chama a atenção pela boa produção e por composições acima da média, que valorizam a versatilidade dos vocalistas Kityo Vallim e Laura Giorgi. "Beware the Children" e "This Is the End" são as melhores faixas desse bom trabalho.

– Preceptor – Outro bom exemplo de death metal bem feito, desta vez em português. "Dogmatismo" despeja fúria e violência, especialmente na música "A Peste". Os vocais estão bem encaixados e conseguem se destacar na massa sonora.

– Worsis – "Blind by the System" é mais um bom lançamento de thrash metal. Embora não apresente nada de original e diferente, a música dos gaúchos é visceral e energética. As guitarras ainda soam um pouco emboladas, mas há boas ideias neste álbum, como na música "Born to Bleed". Merece a audição.

– Tupi Nambha – Outra banda de Brasília que investe na cultura nacional em profundidade, ao lado do Arandu Arakuaa. Há músicas em português e em tupi antigo sempre ressaltando aspectos relevantes da história brasileira, como "Galdino Pataxó", o índio que foi queimado vivo em Brasília por jovens de classe média alta. As guitarras são os grandes destaques em músicas como "Feiticeiro" e "Antropologia".

– Deathgeist – Banda nova com integrantes veteranos, acaba de lançar o álbum autointitulado. É death metal com pitadas de thrash bem feito e com origens nos anos 80, pendendo mais para o estilo alemão de Kreator e Destruction. O disco é uma sucessão de pauladas, em que as guitarras tomam conta de tudo e promovem um verdadeiro apocalipse. "Captured by Hell" é o destaque.