Dorsal Atlântica retira o split 'Ultimatum' das plataformas digitais
Combate Rock
09/05/2018 16h51
Um rompimento desagradável ocorreu no mês passado entre dois grandes nomes do heavy metal nacional. Um desentendimento comercial entre Metalmorphose e Dorsal Atlântica retirou das plataformas digitais o fantástico split "Ultimatum", de 1985 – um álbum conjunto com músicas das duas bandas.
A retirada da obra foi uma solicitação de Carlos Lopes, guitarrista, vocalista e líder da Dorsal, que deseja que o material seja distribuído com as bandas separadas.
O pedido gerou uma reação irada dos integrantes e ex-integrantes da Metalmorphose, que soltou uma nota, publicada o site Wikimetal, criticando a decisão de Lopes.
"O Sr. Carlos Lopes (Dorsal Atlântica) nos procurou exigindo que retirássemos o Ultimatum das plataformas digitais. Sua determinação é a de eliminar definitivamente o seu formato original com as duas bandas.
O Metalmorphose lamenta essa decisão unilateral da qual não concorda e que renega todo o valor histórico da obra, desconsiderando toda a importância deste que foi um dos primeiros álbuns de Heavy Metal do Brasil
Ele SEMPRE recebeu. Paguei a ele uma quantia adiantada e INTEGRAL que ele mesmo fixou em relação aos 'royalties' do CD Ultimatum antes mesmo de vender 1 CD. Aliás, paguei inclusive para ele fazer a parte gráfica do CD Ultimatum, ou seja, ele recebeu para fazer a capa do disco DELE! Sobre o material na rede, o Carlos acabou de receber a quitação. Agora… não vou entrar em detalhes, mas só pra vocês 'esvaziarem' esse discurso de dinheiro, estamos falando de merreca tá… cerca de 80 reais… POR ANO. R$ 6,66 por MÊS, OK? (hehehe) Portanto, o motivo disso tudo não é dinheiro. Ele simplesmente deseja se desvincular do Metalmorphose. E por nós, tudo bem. É triste porém querer apagar a história, se desvincular dos garotos de 15 a 17 anos que chegaram junto naquele momento que ele precisava, cedendo local de ensaio, e até o baixo usado na gravação da Dorsal foi o meu Fender… Mas o Carlos sempre foi conhecido por 'cuspir no prato que come', e isso tem nome. O nome disso é ingratidão."
Lopes informou pelas redes sociais que não iria comentar o fato e que a questão já estava resolvida.
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Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.
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