Marcelo Moreira

Com o lançamento de "Secret Garden", em 2015, ainda cercado de indefinições, o Angra iniciava a sua terceira fase, o que hoje o guitarrista Rafael Bittencourt chama de síntese da história do Angra.

Consolidadas as posições do vocalista Fabio Lione e do guitarrista Marcelo Barbosa, que substituiu Kiko Loureiro no Megadeth, o quinteto brasileiro surpreendeu com o novo trabalho, "Omni", recém-lançado e que deve catapultar o Angra para uma série de turnês pelo mundo.

A aceitação de "Omni" tem sido tão boa que a música "Black Widow's Web" lidera diversos rankings de execução online e vários sites de streaming e acelerou o processo de acerto de datas de shows pelo mundo.

Não é por outro motivo que a banda acaba de anunciar a sua maior turnê norte-americana: 32 shows cobrindo praticamente todo o território, tendo a banda romena Scarlet Aura como suporte.

Somente Sepultura e Krisiun, entre as bandas brasileiras de rock, conseguiram feitos semelhantes. Várias revistas e sites norte-americanos e europeus elogiaram o novo álbum, o que deu um fôlego extra para o interesse de produtores e promotores para contratar o Angra.

Como não poderia deixar de ser, e como sempre fez parte da história da banda, o Angra ainda desperta desconfianças, mesmo com 27 anos de carreira e um dos três melhores álbuns que lançaram dando suporte às atuais turnês.

Bittencourt, o único remanescente da formação original, afirma que os "renascimentos" do Angra o tornaram mais forte e mais suscetível a adaptações. "O DNA não muda, e isso tem a ver com a qualidade dos músicos, com o apoio dos fãs e com a força de um nome importante no heavy metal."