Marcelo Moreira

Ele foi um dos precursores do tipo de produtor que diz para os músicos: "Tamo junto!". Adorava participar criativamente de todo o processo de composição e gravação, sentia prazer em ajudar. Por isso, eram poucas as pessoas que tinham restrições a Chris Tsangarides.

Profissional respeitado e considerado um dos mais inteligentes atrás das mesas, o produtor inglês de ascendência cipriota morreu neste domingo, aos 61 anos, na Inglaterra.

Uma de suas filhas, Anastasia, anunciou no Facebook que a morte ocorreu de madrugada, em consequência de uma forte pneumonia, que agravou problemas cardíacos do produtor.

Embora fosse exigente e meticuloso, estava longe do perfeccionismo obsessivo e autoritário de gente com o sul-africano Robert "Mutt" Lange (Def Leppard e AC/DC, entre outros). Estava mais para o parceiro, como era o caso do inglês Martin Birch (Deep Purple e Iron Maiden.

Adorava tocar bateria e sua paciência era gigantesca para sugerir e fazer com que músicos tocassem certo a passagem certa, custasse o que custasse.

Foi assim que se tornou referência de produção musical no rock dos anos 80. Sua assinatura está em obras como "Painkiller" , do Judas Priest, "Metal on Metal" e "Forged in Fire", ambos do Anvil, "Fireworks", do Angra, "Tattoed Millionaire", o primeiro álbum solo de Bruce Dickinson) "Thunder and Lightning", do Thin Lizzym, além de ter trabalhado com Gary Moore, Ian Gillan, Helloween e muitos outros.

O nome de Chris Tsangarides é indissociável do rock e do heavy metal. Sua contribuição ao mundo da música é inestimável e a produção musical perde uma de suas melhores cabeças.