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Hendrix, 75 anos: um alienígena entre nós

Combate Rock

16/11/2017 07h00

Marcelo Moreira

Jimi Hendrix e a 'extensão de seu corpo' (FOTO: DIVULGAÇÃO/REPRODUÇÃO)

Jimi Hendrix com certeza teria transposto das fronteiras do rock há muito tempo, se estivesse vivo. Teria criado novos sons, inigualáveis, e poderia ter criado um novo gênero musical, único e exclusivo, seguindo a trilha de gênios como Miles Davis.

Essa é a impressão geral que o mundo da música tem a respeito do melhor guitarrista que já existiu, mas que foi verbalizada por ninguém menos do Eric Clapton em uma entrevista nos anos 90.

A comparação foi muito feliz, pois é inevitável constar hoje: o rock, ou qualquer rótulo, é muito restrito para o gênio da guitarra.

Morto em setembro de 1970, em Londres, Hendrix completaria 75 anos de idade neste mês de novembro. Ele construiu a sua própria eternidade e é um dos símbolos da genialidade artística e musical.

Muita gente gota de relembrar o grande concerto de Woodstock, no Estado de Nova York, realizado em agosto de 1969, como o auge da carreira do guitarrista. Ali ele já era considerado mais do que gênio, e voltara a viver nos Estados Unidos.

No entanto, é no Monterey Festival, realizado em julho de 1967, que podemos ver Hendrix em sua plenitude. A guitarra, uma Fender Stratocaster decorada com motivos psicodélicos, foi tocada com maestria, provocando um furacão sonoro que arrebentou cérebros imberbes e despreparados.

Hendrix era canhoto, mas usava um instrumento para destros, virada ao contrário. Fez tudo, ao tocar o instrumento de todas as maneiras e extraindo sons impossíveis e inacreditáveis, como a microfonia que tirou dos amplificadores Marshall, deixando toda a plateia californiana estupefata.

 

O final, com o fogo na pobre e estragada Strato e a destruição no palco, apenas galvanizaram a atenção generalizada para a aquilo que os ingleses já conheciam desde o ano anterior – um alienígena pousou na Terra para mostrar aos incautos o que era rock, oque era um show e o que era criatividade na música.

Hendrix veio ao mundo há 75 anos, mas decidiu que tinha de voltar para o seu planeta natal aos 27, em 1970. Azar de todos nós.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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