Do site Roque Reverso

Não é mais novidade que o Prophets of Rage chegou para incomodar e colocar o dedo na ferida da onda conservadora que tenta tomar conta do planeta. E, neste cenário, a figura emblemática é nada menos que o polêmico presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

Personagens preferido dos clipes com críticas políticas e sociais da superbanda norte-americana, os componentes do governo Trump ganharam recentemente mais menções em dois vídeos, das músicas "Hail to the Chief" e "Strength In Numbers".

No clipe de "Hail to the Chief", que chegou ao YouTube na segunda metade de setembro, Trump é comparado a Adolf Hitler e aparece ao lado de seu vice, Mike Pence, apoiador do Tea Party, que é a ala radical do Partido Republicano.

O mesmo Pence aparece no clipe de "Strength In Numbers", que chegou ao YouTube no dia 18 de outubro e traz também forte crítica ao racismo, relembra imagens dos protestos que os jogadores de futebol norte-americano fizeram contra Trump nas execuções do hino nacional do país.

Antes dos clipes de "Hail to the Chief" e "Strength In Numbers", o Prophets of Rage havia lançado outros três vídeos, todos com conteúdo de protestos. O primeiro havia sido o da música "Unfuck The World", que contou com direção do respeitado documentarista e escritor Michael Moore.

O segundo foi o da faixa "Living On The 110", que trazia uma crítica à pobreza e à fome. O terceiro foi o da música "Radical Eyes", com mais mensagens contra o racismo e o extremismo atuais do planeta.

Todos os clipes são de faixas do primeiro disco do Prophets of Rage, que foi lançado em setembro e leva o mesmo nome da superbanda.

Para quem ainda não sabe, o supergrupo é formado por membros do Rage Against The Machine, do Public Enemy e do Cypress Hill. Do lado do RATM, estão presentes três integrantes: o baixista Tim Commerford, o guitarrista Tom Morello e o baterista Brad Wilk). Pelo Public Enemy, há o DJ Lord e o rapper Chuck D.  O rapper B-Real é o representante do Cypress Hill.

A banda passou recentemente pelo Brasil e tocou em maio no Rio de Janeiro e em São Paulo, onde fez duas apresentações, uma na Audio e outra no Maximus Festival, realizado no Autódromo de Interlagos.

No grande show feito no festival de rock pesado, que contou com cobertura do Roque Reverso, o grupo não deixou de passar suas mensagens e ainda protestou contra o popularmente rejeitado governo de Michel Temer.