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'Perdoei, mas não esqueci o que aconteceu', diz Digão sobre Rodolfo

Combate Rock

19/08/2017 20h06

Da Agência Brasil 

Digão em entrevista para a TV Brasil (FOTO: DIVULGAÇÃO)

As feridas com a separação da formação original ainda estão vivas e abertas nos Raimundos, umda das grandes bandas de rock da história nacional. É o que deixa claro o guitarrista e vocalista Digão, em entrevista ao programa "Conversa com Roseann Kennedy", da TV Brasil.

Com 30 anos de estrada, os Raimundos deixaram a sua marca na cena do rock nacional. Hoje, o quarteto brasiliense é formado por Digão, Canisso, Marquim e Caio Cunha.

Entre as realizações mais recentes do grupo está o DVD Acústico feito com o repertório clássico dos anos 1990. O trabalho traz versões de grandes sucessos da banda com novos arranjos e contou com a ajuda dos fãs para a escolha do repertório por meio de uma enquete.

Com 27 faixas, o DVD conta com a participação especial de grandes nomes como Dinho Ouro Preto (Capital Inicial), Alexandre Carlo (Natiruts) e da cantora Ivete Sangalo.

Mesmo em uma época em que o rock não está tão na moda e os topos das paradas são ocupados  por outros estilos musicais, Digão enfatiza que os Raimundos nunca se renderam ao estilo comercial.

"A gente nunca foi uma banda que correu atrás do estereótipo. O Raimundos sempre ditou a regra dele. E a gente tem um estilo, que é o lance do punk rock, do Ramones, do The Toy Dolls, do Suicidal [Tendencies], daquela coisa pesada misturado com forró, com aquela pegada brasileira, com o jeito de cantar que é muito particular."

Digão disse que a saída de Rodolfo, vocalista que deixou o grupo em 2001 para investir na carreira de cantor gospel, "foi um baque" para todos. "Ele se preparou e não deixou que ninguém se preparasse. Isso que ficou ruim. A mágoa, graças a Deus eu perdoei, mas eu não esqueci", destacou.

O vocalista nega que o uso de drogas tenha provocado problemas dentro da banda e diz que hoje "parou por opção".

"Eu nunca vi no Raimundos uma coisa de drogas pesadas como cocaína. O pessoal se acabando, virando noite por causa de cocaína. A gente fumava maconha. Não tenho nada contra quem fuma. Agora, em relação a drogas pesadas, eu tenho restrição, eu não curto. Eu parei de fumar maconha já tem 14 anos. Eu parei por opção minha até porque eu achei que era a minha hora de parar, até pelos meus filhos", disse.

Sobre a atual fase do grupo, Digão descreve os Raimundos como uma banda pé no chão, fiel ao seu estilo e à sua trajetória. "É uma banda que ainda tem muito para dar. Eu não acho que é uma banda que teria que ter acabado. Quando houve a ruptura lá em 2001, graças a Deus eu continuei, foi a coisa certa".

Para ele, o grupo está construindo uma nova história, sem esquecer as conquistas do passado. "Eu amo tocar. Eu gosto muito do que eu faço. Eu não trabalho nenhum dia, todos os dias eu estou me divertindo", destacou.

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Sobre os Autores

Marcelo Moreira, jornalista, com mais de 25 anos de profissão, acredita que a salvação do Rock está no Metal Melódico e no Rock Progressivo. Maurício Gaia, jornalista e especialista em mídias digitais, crê que o rock morreu na década de 60 e hoje é um cadáver insepulto e fétido. Gosta de baião-de-dois.

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